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Cresce o mistério. Encontradas mais 19 galáxias com pouca (ou quase nenhuma) matéria escura

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sjrankin / flickr

A galáxia NGC 1277 é uma galáxia relíquia o universo

Uma equipa de astrónomos da Academia de Ciências de Pequim, na China, acaba de descobrir mais 19 galáxias com muito menos matéria escura do que era esperado. Esta massa indescritível, recorde-se, é considerada pelas teorias comummente aceites como ingrediente fundamental para a formação de galáxias.

Em causa estão 19 galáxias anãs, todas estas menores do que a Via Láctea, tal como detalham os cientistas na nova investigação, cujos resultados foram esta semana publicados na revista científica Nature Astronomy.

A descoberta, frisa o portal Science News, mais do que quintuplica o número de galáxias já descobertas com quantidades surpreendentemente baixas de matéria escura, alimentando um mistério que há muito tira o sono aos cientistas.

Em junho deste ano, foi confirmada a deteção da primeira galáxia sem matéria escura. O seu nome é NGC1052-DF2 e está localizada a cerca de 65 milhões de anos luz da Terra. Em termos de dimensões, é semelhante à Via Láctea. Pouco depois, surgiram mais três.

Agora, os cientistas voltaram a fazê-lo: encontraram mais 19 galáxias deste tipo que desafiam a norma da Astronomia. Com as descobertas, o mistério em torno destes corpos continua a crescer, em vez de se resolver.

“Não sabemos com certeza como e porque é que estas galáxias se formam”, disse Qi Guo, astrofísica da Academia Chinesa de Ciências em Pequim, citado pelo mesmo portal.

Tipicamente, explicou a cientista, as galáxias anãs concentram muito mais matéria escura do que os seus primos maiores. As suas dimensões mais reduzidas levam a uma gravidade mais fraca, o que dificulta a retenção de nuvens de gás.

“Esta nova classe de galáxias está a sobrecarregar a nossa capacidade de explicar todas as galáxias através de uma estrutura coesa”, diz Kyle Oman, astrofísico da Universidade de Durham, na Inglaterra, que não esteve envolvido na nova descoberta, mas participou na identificação das primeiras galáxias com pouca matéria escura.

Sem matéria escura, explica o jornal espanhol ABC, estas pequenas galáxias não deveria ser capazes de manter a sua coesão, uma vez que não possuem, em teoria, massa ou gravidade suficiente para o fazer. Ainda assim, estes corpos continuam a ser descobertos no Universo, desafiando o conhecimento da comunidade científica.

ZAP //

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13 Comments

  1. “Cachorro com 18 mil anos encontrado na Sibéria intriga cientistas” , galáxias sem matéria escura intrigam cientistas… Se estes nem sabem o que é a matéria escura, ou até mesmo nem sabem se ela existe, como é que estes “cientistas” afirmam estas coisas!!!

    • Intrigam os cientistas pelo facto de serem acontecimentos fora do normal (ser uma raça de cão que não existe na base de dados e ser uma galáxia que contém menos matéria negra). Não é por não haver conhecimento prévio que os cientistas têm menos credibilidade ou não possam afirmar certas coisas. Na verdade, a descoberta de acontecimentos anormais como estes é que leva a que os cientistas possam tentar determinar respostas. Sem estas descobertas não haveria progresso científico nenhum e o mundo não avançaria.

      • Quando os cientistas dizem que estão intrigados com o mistério, é porque não fazem a menor ideia do que estão a observar. E olhe que há muitas coisas que os deixam intrigados, cada vez mais… Há muitas coisas que nunca poderão afirmar com 100% certezas.

  2. Uma coisa é certa, não podemos saber o que está a acontecer agora na nossa galáxia, quanto mais em locais mais remotos do universo pois a informação chega-nos com milhares de anos de “atraso” dada a distância que tem de percorrer.
    Podemos “apenas” comentar o que já aconteceu em vários momentos (muito) anteriores e analisar o seu encadeamento, retirando, de eventuais sinais de continuidade, algumas ilações

  3. Deixem a ciência falar o que ela quiser, é como os políticos eles falam e falam e o pessoal nem os escutam, todos eles têm necessidade de falar algo nem que seja um disparate.

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