Arqueólogos descobriram, em Israel, uma fortaleza com 3200 anos construída pelos Egípcios e Cananeus (ou Canaanitas), que tinha como objetivo manter os Filisteus recém-chegados fora da região.
De acordo com a Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA), citada pelo site Live Science, a estrutura militar, apelidada de fortaleza de Galon, data de meados do século 12 A.C.
O IAA afirma que este achado destaca a instabilidade vivida nesta região conhecida como terra de Canaã. Nessa altura, chegaram os Israelitas e os Filisteus, tendo levado os Egípcios e os Cananeus a construir a fortaleza recentemente descoberta.
Os investigadores encontraram a estrutura durante uma escavação perto do Kibutz Galon, a cerca de 70 quilómetros a sul de Jerusalém. A fortaleza, de 18 por 18 metros, tinha torres de vigia em cada um dos seus quatro cantos e uma soleira na entrada esculpida a partir de uma rocha maciça que pesava 3,3 toneladas.
Quando as pessoas entravam na fortaleza, que tinha um estilo de arquitetura Egípcio, viam um pátio pavimentado com lajes de pedras e colunas ascendentes no centro. Cada lado do forte tinha quartos, onde os arqueólogos encontraram centenas de vasos de cerâmica, alguns deles inteiros, incluindo uma tigela e uma chávena que provavelmente eram usadas para rituais religiosos, afirmaram Saar Ganor e Itamar Weissbein, arqueólogos do IAA, em comunicado.
“Parece que a fortaleza de Galon foi construída como uma tentativa dos Egípcios e dos Cananeus de lidar com a nova situação geopolítica”, acrescentaram. A estrutura militar foi “construída numa localização estratégica, de onde é possível ver a estrada principal que acompanha o rio Guvrin”.
No entanto, escreve o mesmo site, a situação geopolítica alterou-se quando os Egípcios deixaram a terra de Canaã e voltaram para o Egipto, deixando os Cananeus sozinhos a defender o seu território.
“A sua partida levou à destruição das agora desprotegidas cidades Canaanitas, uma destruição que provavelmente foi liderada pelos Filisteus”, concluiu a dupla de arqueólogos.
Notícia extremamente interessante: é mais um testemunho a atestar que aquela região do Médio oriente, conhecida pelo crescente fértil, (que vai desde o Egipto até ao Iraque, passando por Israel, através do corredor Sirio-palestiniano, contorna o sul da Síria e desce até ao sul do atual Iraque, apanhando o Tigre e Eufrates) esteve na origem de toda a civilização ocidental. Estamos a falar do 2º e terceiro milénios aC. No entanto quero fazer um reparo à notícia, quando afirma: ” Nessa altura, chegaram os Israelitas e os Filisteus, tendo levado os Egípcios e os Cananeus a construir a fortaleza recentemente descoberta”. Os filisteus são efetivamente desse período (eram tribos que tinham migrado do atual Paquistão, Irão árábia) e se estabeleceram na terra de Canaã) ; porém, não se pode falar de israelitas. Penso que o autor da notícia estará a fazer referência às tribos de Abraão que por essa altura vieram de Ur dos caldeus (atual sul do Iraque, subiram pela margem direita do Eufrates, em direção ao sul da atual Turquia, contornaram o deserto da Arábia e desceram até Canaã (a sul de Jerusalém), onde se estabeleceram. Tendo-se a fome assolado a região, dali partiram para o Egito. Foi a descendência de Abraão que cerca de 200 anos mais tarde (depois do regresso da escravidão do Egito) deu origem a Israel, nome que será dado ao reino. Israel era uma das 12 tribos. Por isso fica o reparo: é extemporâneo falar de Israel. Saul o 1º rei de Israel situa-se por volta dos anos 1020 e 1000 aC,
Os Filisteus que está provado serem descendentes dos Peleset ou Pelasgos, não será correcto escrever – saíram do Peloponeso , actual Grécia, passaram por Creta e daqui para a terra vizinha de Canaã ?