Empresa portuguesa desenvolve tecnologia que vai estudar Júpiter

NASA

A massa do novo planeta é 'no mínimo' três vezes maior do que a de Júpiter (na foto)

A empresa aeroespacial portuguesa Active Space Technologies vai construir o mecanismo de funcionamento da antena de um satélite europeu que irá estudar Júpiter, o maior planeta do Sistema Solar, e três das suas maiores luas.

A informação foi prestada à Lusa pelo presidente da empresa, Ricardo Patrício, que adiantou que o contrato foi assinado em dezembro. A antena em causa, de média dimensão, a Medium Gain Antenna, funcionará como instrumento de radar e telemetria, permitindo a recolha de dados e a sua transmissão para Terra.

O engenho será fabricado pela empresa espanhola SENER, cabendo à Active Space Technologies assegurar o seu mecanismo de funcionamento, nomeadamente em termos de componentes electrónicos, explicou Ricardo Patrício.

O satélite, com data de lançamento marcada para 2022, irá estudar Júpiter e as luas Europa, Ganimedes e Calisto, onde os cientistas pensam que possa existir água líquida, elemento fundamental para a vida, sob as crostas de gelo à superfície.

O aparelho demorará oito anos a chegar à órbita de Júpiter e será lançado pela missão JUICE – JUpiter ICy moons Explorer, da agência espacial europeia ESA.

Durante três anos e meio, o satélite irá fazer observações detalhadas do planeta, em particular da sua atmosfera turbulenta, e das três luas, podendo vir a orbitar a Ganimedes, a maior e mais brilhante.

Martin Kornmesser, The International Astronomical Union / Wikimedia

O novo Sistema Solar?

Sol, Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Úrano, Neptuno, Plutão e o Planeta X. Júpiter é o maior planeta do Sistema Solar

O “gigante gasoso” Júpiter é 11 vezes maior do que a Terra. É o maior planeta do Sistema Solar, tanto em diâmetro quanto em massa, e é o quinto mais próximo do Sol. Tem menos de um milésimo da massa do Sol, mas tem 2.5 vezes a massa de todos os outros planetas em conjunto.

Júpiter é composto principalmente de hidrogénio, sendo um quarto da sua massa composta de hélio, tal como o Sol, embora o hélio corresponda a apenas um décimo do número total de moléculas do planeta.

Parece poder ter um núcleo rochoso composto por elementos mais pesados, embora, tal como os outros planetas gasosos gigantes, não tenha uma superfície sólida bem definida.

Júpiter é observável a olho nu a partir da terra, sendo normalmente o quarto objecto mais brilhante no céu, depois do Sol, da Lua e de Vénus – embora por vezes Marte também possa aparecer mais brilhante do que Júpiter.

ZAP // Lusa / Wikipedia

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