Sporting rematou 29 vezes e viu a bola entrar por três ocasiões. Guarda-redes vilacondense Cezary Miszta evitou males bem maiores.
O Sporting saiu de Vila do Conde com uma vitória por 0-3 que “sabe a pouco” face ao caudal ofensivo que demonstrou em Vila do Conde.
Curiosamente os três golos chegaram através de um autogolo, um penálti e um tento já nos minutos finais da partida por intermédio do inevitável Gyökeres (que descansou, entrando apenas aos 81′). Harder “massacrou” Miszta de todas as maneiras e feitios, mas foi rendido pelo sueco sem conseguir fazer o gosto ao pé.
O Rio Ave não perdia em casa há 20 partidas.
Entrada de leão põe termo a invencibilidade caseira
Com o estreante Rui Silva, Inácio de regresso à defesa “verde-e-branca” e Debast a meio-campo, o Sporting inaugurou o marcador logo aos três minutos de jogo, com Aderllan a colocar a bola na própria baliza num lance onde foi pressionado por Fresneda. Infelicidade para o capitão do Rio Ave no seu jogo 200 pelo emblema de Vila do Conde.
O domínio leonino foi-se intensificando com Hjulmand a dilatar a vantagem de grande penalidade aos 23 minutos, após mão na bola de Petrasso.
Miszta e o desacerto dos “leões” mantiveram o resultado em 0-2 ao intervalo, com os “leões” a desperdiçarem três ocasiões flagrantes nos 19 remates (cinco deles enquadrados) que realizaram na primeira parte. Os vila-condenses, sem o castigado Clayton, foram inofensivos com apenas três ações na área adversária contra as 19 dos “lisboetas”.
Na segunda parte, o Sporting foi mantendo o controlo da partida, bem como a toada ofensiva, não se deixando adormecer à sombra da vantagem de apenas dois golos. Rui Silva foi um mero espectador, ao contrário do seu colega de posição do lado contrário, Miszta, que travou todas as investidas leoninas que conseguiu, evitando a ameaça de contornos de goleada que ia pairando no ar, travando um duelo interessante com Harder (nove remates, cinco deles enquadrados). O recém entrado Gyökeres fechou o resultado em 0-3 aos 88′ e ultrapassou finalmente o guarda-redes polaco de bola corrida.
O Jogo em 5 Factos
1. Obsessão pela baliza
Dos 29 remates do Sporting (segundo valor mais alto da Liga), 27 aconteceram dentro da área adversária (novo máximo da Liga), 19 foram de bola corrida (novo máximo dos “leões” na prova), com apenas um golo a surgir neste tipo de lance, num festival de desperdício num “miszto” de desacerto e intervenções do guarda-redes vila-condense. O Sporting terminou com 3,9 Golos Esperados (xG), terceiro valor mais elevado do campeonato.
2. “Enquadra-miszto”
Com 13 remates enquadrados, os “leões” igualaram o seu anterior máximo na Liga (que também é segundo da prova). Um autêntico “tiro ao boneco”.
3. Circulação incólume
As entradas de Debast e Inácio no “onze” leonino, ambos com um perfil de construção, contribuíram para um novo mínimo do Sporting na Liga, o dos passes falhados, com apenas 43.
4. Não há Clayton…
… não há remates enquadrados. O Rio Ave não conseguiu enquadrar nenhum dos seus dois remates, sendo a terceira vez que a equipa de Vila do Conde regista este marco negativo.
5. Rio Ave sem pressão
As apenas três acções defensivas no meio-campo adversário são um novo mínimo dos vila-condenses na Liga. O “leão” contabilizou 14.
Melhor em Campo
Nota máxima para o polaco Miszta! Apesar da derrota por 0-3, apenas foi batido por um autogolo, um penálti e pelo inevitável Gyökeres (que só entrou aos 81′). Miszta realizou dez a remates de dentro da área, igualando o máximo da Liga (Sequeira do Casa Pia contra o Famalicão). Foram 11 defesas no total (segundo valor máximo da Liga, atrás das 13 de… Sequeira), cinco delas a ocasiões flagrantes, evitando 2,2 golos, evitando a goleada que se antevia face ao caudal ofensivo dos “leões”.
Resumo
// Goalpoint