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Em tempos difíceis, Von der Leyen diz que “sempre vi em Portugal um forte aliado”

Olivier Hoslet / EPA

Ursula Von der Leyen, presidente da Comissão Europeia

Numa entrevista, Ursula von der Leyen disse que Portugal terá “a tarefa de liderar” com a recuperação da pandemia quando chegar à presidência do Conselho da UE em 2021. E promete uma proposta “mais humana e eficiente” para resolver o problema dos refugiados.

A presidente da Comissão Europeia mostrou ter esperança em Portugal num futuro próximo. “Aguardo com grande expectativa a presidência portuguesa (do Conselho da União Europeia). Desde que assumi o cargo sempre vi em Portugal um forte aliado pela causa da Europa”, referiu numa entrevista coletiva, citada pelo Público.

A Presidente da Comissão Europeia deixou definido o trajeto da liderança portuguesa, que se deverá traduzir em “liderar e abrir o caminho para deixarmos o atual estado de incerteza e fragilidade provocado pelo coronavírus e iniciarmos o processo de recuperação, aproveitando a oportunidade do (fundo) ‘Próxima Geração UE’ para mais modernização” disse, recordando que Portugal é um país aliado do Pacto Verde.

Em relação aos migrantes que se encontram numa situação de grande fragilidade em Moria, na ilha grega de Lesbos, a presidente da Comissão Europeia assume que o sistema atual da Europa “há muito que atingiu o seu limite”.

Neste sentido Ursula Von der Leyen garante que “a proposta que vamos apresentar é para um sistema europeu mais abrangente, que contempla asilo, integração, repatriamentos e gestão de fronteiras. A pressão migratória não vai deixar de existir, temos de lidar com ela de uma forma que seja mais humana e também mais eficiente”, concluiu.

Outro tema comentado por pela ex-ministra alemã, durante a entrevista, foi o Brexit. Neste assunto a presidente foi mais incisiva e disse “existe um acordo assinado para implementar tal como foi assinado. A bola está do lado do Reino Unido, e é inteiramente sua a decisão de como lidar com o problema”.

Neste sentido, espera que o país corrija a “violação” do acordo até ao fim deste mês, acrescentando ainda que “chega de distrações”.

ZAP //

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