Os cientistas descobriram uma nova espécie de pterossauro a partir de um espécime invulgar encontrado nas camadas de calcário do Jurássico Superior do arquipélago de Solnhofen, na Alemanha.
O Petrodactyle wellnhoferi viveu na atual Alemanha, há cerca de 145 milhões de anos. O réptil voador era um membro dos Ctenochasmatidae, um grupo de pterossauros que viveu entre o Jurássico Superior e o Cretácico Inferior.
O mais curioso é que o Petrodactyle wellnhoferi tinha uma das maiores cristas ósseas de qualquer pterossauro do Jurássico, valendo-lhe o título de “Elvis”.
“Muitos pterossauros são conhecidos por terem cristas ósseas que usavam principalmente como sinais sexuais para outros membros da espécie, mas o Pterodactyle tem, de longe, a maior crista já vista num Ctenochasmatidae“, disse David Hone, paleontólogo da Universidade Queen Mary de Londres.
Além disso, tinha também mandíbulas longas com uma combinação invulgar de dentes curtos e em forma de espiga.
No entanto, ao contrário da maioria dos outros Ctenochasmatidae, este pterossauro tinha uma expansão na parte de trás do crânio para fixar grandes músculos da mandíbula e dar-lhe uma mordida mais forte do que muitos dos seus contemporâneos.
De acordo com a Discover Magazine, o animal era um piscívoro que se alimentava de pequenos peixes, mas também cefalópodes, pequenos crustáceos e até dinossauros recém-nascidos.
O espécime foi encontrado no verão de 2010 na secção de visitantes da Pedreira Schaudiberg, parte da Formação Mornsheim, perto de Mülheim, Alemanha.
Tinha uma envergadura de cerca de 2 metros, mas ainda era um “adolescente“, e teria sido ainda maior como um animal totalmente maduro. Aliás, segundo a equipa, o Petrodactyle wellnhoferi é um dos maiores pterossauros conhecidos da época do Jurássico Superior.
O artigo científico que descreve a mais recente descoberta foi publicado na Palaeontologia Electronica.