Num futuro próximo, poderemos voar de foguete de uma cidade para a outra numa questão de minutos. Pelo menos é essa a promessa que Elon Musk fez durante a palestra no Congresso Internacional de Astronáutica, em Adelaide, na Austrália.
Uma viagem entre Londres e Nova Iorque demoraria apenas 29 minutos, em vez das 7h30 a 8h atuais, segundo um vídeo promocional do projeto. Voando a 27 mil quilómetros por hora, qualquer trajeto de um ponto a outro da Terra seria feito em menos de 1 hora.
Para isso, Elon Musk usaria o foguete BRF, o mesmo que está a ser desenvolvido na sua empresa, SpaceX. A companhia pretende começar a fazer viagens a Marte em 2024 – as aeronaves necessárias para isso vão começar a ser construídas no próximo ano.
A primeira vez que Musk divulgou os seus planos de ir ao Planeta Vermelho foi na edição do ano passado da mesma conferência. Doze meses depois, voltou com mais detalhes.
O BFR ainda é um foguete enorme, mas as suas dimensões estão a encolher a casa passo: agora, tem 106 metros de altura e 9 de largura. A principal diferença com a versão original está no custo, disse Musk: “Acredito que descobrimos uma forma de custeá-lo. Isso é muito importante”.
A forma de fazer isso, explicou o empresário, será através da concentração de todos os esforços da empresa em criar uma única solução de transporte para atender a todas as necessidades dos consumidores.
Isso significa que o BFR será usado tanto para lançar satélites e serviços para estações espaciais, numa substituição das atuais cápsulas Falcon 9 e Dragon, mas também para levar pessoas à Lua e a Marte, além de realizar o que Musk chamou de viagens “ponto a ponto” na Terra.
“A maioria das viagens hoje consideradas de longa distância poderiam ser completadas em menos de meia hora“, disse ele à plateia em Adelaide.
“Alguns consumidores são conservadores e querem ver o BFR voar algumas vezes antes de se sentirem confortáveis para viajar. Por isso, o nosso plano é construí-lo antecipadamente e ter veículos Falcon 9 e Dragon de reserva para que os consumidores possam ficar à vontade para usar foguetes e aeronaves antigas. Mas os nossos recursos estarão voltados para construir o BRF”.