HOMEM DE GOUVEIA/LUSA

Miguel Castro, cabeça de lista às eleições legislativas regionais da Madeira pelo Chega
O CHega e a Iniciativa Liberal têm um interesse em comum: dialogar com o PSD na Madeira. Mas linha vermelha é a mesma para os dois partidos — Miguel Albuquerque.
O cabeça de lista do Chega às eleições antecipadas da Madeira, Miguel Castro, disse hoje que o partido está disponível para dialogar com o PSD, mas só apoiará um governo social-democrata sem o atual líder, Miguel Albuquerque.
“Se apresentar outros candidatos que não sejam os que estão envolvidos em processos de alegada corrupção e foram constituídos arguidos, o Chega obviamente falará com o PSD”, afirmou.
Miguel Castro, que falava os jornalistas no Curral das Freiras, no interior do concelho de Câmara de Lobos, explicou que, apesar de Miguel Albuquerque ser o cabeça de lista do PSD, o Chega está disponível para dialogar com o partido após as eleições, caso precise do seu apoio para formar governo.
A condição é que o executivo não seja liderado por Miguel Albuquerque, nem integre os atuais secretários regionais das Finanças, da Saúde e Proteção Civil e das Infraestruturas, que foram constituídos arguidos em processos que investigam suspeitas de corrupção na Madeira.
“O Chega está disposto a ouvir todas as forças políticas. Há umas em que os entendimentos com certeza serão mais fáceis, há outras que serão praticamente impossíveis”, disse, para logo precisar: “o PS é praticamente impossível e quem se quiser aliar ao PS não poderá contar efetivamente com o Chega”.
O cabeça de lista do Chega esclareceu que após as eleições de 26 de maio de 2024, quando o PSD formou um governo minoritário, já com Miguel Albuquerque na condição de arguido, o seu partido deu o “benefício da dúvida” e viabilizou o programa do executivo e o orçamento regional para esse ano, mas garantiu que a situação não voltará a repetir-se.
“O Governo agravou-se com casos de corrupção, com vários secretários arguidos, e, por isso, apresentamos uma moção de censura”, realçou, lembrando, no entanto, que estava disposto a retirar a moção caso o presidente do executivo se afastasse.
“Miguel Albuquerque assim não o quis, preferiu criar uma crise política”, lamentou.
Miguel Castro, também líder regional do Chega, está convicto que o partido vai reforçar a votação nas legislativas antecipadas do dia 23, depois de ter obtido 9,44% nas eleições de 2024, com quatro deputados.
“Tendo em conta os contactos que temos com a população local, o Chega é um partido que faz falta à Região Autónoma da Madeira, é um partido que veio de alguma forma romper com um sistema que estava instalado e, obviamente, que incomoda a classe política”, avisou.
Também a Iniciativa Liberal tem interesse em colaborar com o PSD, mas com Albuquerque fora de cena.
O líder do partido afirmou hoje que este “não está de braço dado com ninguém”, mas mostrou-se disponível para viabilizar uma solução de centro-direita na Madeira, inclusive em parceria com o PSD, desde que Miguel Albuquerque saia.
“Nós seremos absolutamente responsáveis. Entendemos que a Madeira precisa de uma solução de centro-direita, mas quero ser muito claro: essa solução de centro-direita é uma solução sem Miguel Albuquerque“, disse Rui Rocha, referindo-se ao líder social-democrata madeirense e chefe do executivo regional.
Rui Rocha falava aos jornalistas no decurso de um convívio com os candidatos da IL nas eleições da Madeira, num bar no Funchal.
As legislativas da Madeira, as terceiras em cerca de um ano e meio, decorrem no dia 23, com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS.
As eleições antecipadas ocorrem 10 meses após as anteriores, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega — que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive o presidente — e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.
O PSD tem 19 eleitos regionais, o PS 11, o JPP nove, o Chega três e o CDS dois. PAN e IL têm um assento e há ainda uma deputada independente (ex-Chega).
// Lusa
Todos querem coligar com o Diabo, isso significa que são Servos dele. Quer dizer, se o Diabo sem o MA vencer, teremos na plenitude a Diabo a “mandar”. Toca a fugir que a coisa vai de mal a pior.
O PSD não presta, isntalaram uma Ditadura de Funcios, e de “Interesses”, o resultado é o MA ter sido constituido arguido e vai a eleições, tal como Monte Negro quereria fazer
Arguidos a concorrer a Cargos Publicos? Onde é que já se viu isso? Certamente nem no mais pobre e pelintra pais do planeta, só mesmo neste canto de miseraveis, isso mesmo prova.