ERSE recebeu mais de 33 mil reclamações em 2021. No entanto o número de queixas diminuiu muito ao longo do ano passado.
A ERSE – Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos informou, nesta quarta-feira, que ao longo do ano passado recebeu 33.633 reclamações e 2.111 pedidos de informação.
No comunicado lê-se que, em apenas dois anos, o número de reclamações apresentadas à ERSE subiu 55% em dois anos. O número de pedidos de informação subiu ainda mais (59%).
Estas subidas, justifica a ERSE, devem-se muito à pandemia, “que se traduziu num conjunto de dificuldades sentidas pelos consumidores de energia, não obstante as medidas excecionais tomadas pelo Governo e pela própria ERSE, procurando minimizar o impacte das dificuldades sociais e económicas no acesso aos serviços públicos essenciais por parte dos consumidores mais vulneráveis”.
Os contratos de fornecimento e a facturação foram os assuntos que dominaram as reclamações.
Houve ainda aumento considerável de queixas e de pedidos de informação relacionadas com auto-consumo – há cada vez mais consumidores a produzir electricidade para consumo próprio. Por isso, aumentam as alterações de relacionamento contratual e comercial com as empresas do sector elétrico.
A maioria das reclamações e dos pedidos de informação (60%) foi submetida pela Plataforma do Livro de Reclamações Eletrónico.
Apesar das subidas, comparando com os dois anos anteriores, o número de reclamações foi diminuindo claramente ao longo de 2021: no primeiro trimestre foram mais de 10 mil e no último trimestre desceram para menos de 7 mil, cerca de dois terços da contabilidade no início do ano.
