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El Niño devasta América do Sul e deixa norte de Portugal em alerta

Marcelo Camargo / ABr

Aquele que pode ser o pior El Niño dos últimos 15 anos está a deixar milhares de pessoas desalojadas e em risco de fome na América do Sul. Os efeitos do fenómeno climático já chegaram à Europa e deixam Portugal em alerta amarelo.

A chuva intensa e persistente que cai há vários dias na América do Sul, por causa do temido El Niño, está a provocar as piores cheias dos últimos 50 anos em países como o Uruguai, a Argentina, o Brasil e o Paraguai.

Já há várias localidades totalmente submersas devido à subida dos rios e milhares de pessoas ficaram desalojadas.

Entretanto, além destas consequências imediatas, perderam-se inúmeras colheitas, o que faz antever dificuldades a médio prazo e fome para algumas populações. Há ainda a contar as múltiplas doenças que se podem propagar facilmente num cenário destes.

A Organização Mundial de Meteorologia (OMM), integrante da ONU, já tinha alertado num relatório que os efeitos do El Niño seriam, em 2015, os piores dos últimos 15 anos.

Os efeitos devastadores deste fenómeno climático podem sentir-se até à Primavera do próximo ano, de acordo com a mesma organização.

Enquanto que na América do Sul há vários países que já decretaram o estado de emergência, em Portugal, o Instituto do Mar e da Atmosfera colocou sob aviso laranja, o segundo alerta mais grave de uma escala de quatro, os distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto e Aveiro.

Em causa está a previsão de chuva, agitação marítima e vento forte com rajadas entre os 90 a 100 quilómetros por hora e que podem chegar aos 120 quilómetros nas terras altas.

E os distritos de Vila Real, Bragança, Viseu, Guarda, Coimbra, Castelo Branco, Leiria, Lisboa, Portalegre, Santarém, Setúbal, Évora, Beja e Faro estão sob aviso amarelo.

Nos Açores, estão igualmente sob aviso amarelo as Ilhas das Flores, Corvo, Graciosa, Terceira, São Jorge, Pico e Faial.

Na Europa, os efeitos do El Niño também já se sentiram no Reino Unido, com diversos alertas de inundações para Inglaterra, País de Gales e Escócia.

Do outro lado do Atlântico, vários tornados assolaram regiões dos Estados Unidos, nomeadamente no Alabama e no Texas, provocando cerca de 50 mortos.

ZAP

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