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Eis AlphaDog, a resposta da China para o cão-robô norte-americano Spot

A empresa de tecnologia Weilan, sediada em Nanjing, na China, desenvolveu o AlphaDog, um cão-robô que usa sensores e inteligência artificial (IA) para realizar uma série de aplicações, incluindo entrega de encomendas e orientação para deficientes visuais.

Embora o design da AlphaDog seja muito semelhante ao do robô Spot da Boston Dynamics – e ainda tenha o mesmo nome de um protótipo anterior da empresa norte-americana -, a máquina de quatro patas da empresa chinesa é voltada para o mercado comercial em vez de empresas

“É realmente muito semelhante a um cão real”, explicou Ma Jie, diretor de tecnologia da Weilan, em comunicado citado pelo TechXplore.

Os criadores do AlphaDog garantem que o robô, que se move a uma velocidade de quase 15 quilómetros por hora, é o robô mais rápido do mercado.

“Consegue prever o atrito e a altura do solo [para] ajustar a sua altura, ajustar a frequência de passada e adaptar-se ao ambiente”, disse Ma Jie.

Os criadores do AlphaDog estão a usar a tecnologia 5G para fazer o robô operar de forma autónoma. Ma, que estudou aprendizagem por reforço na Universidade de Oxford, no Reino Unido, explicou que usou o conhecimento adquirido durante os seus estudos para informar como o cão imita o comportamento de cães reais.

O AlphaDog, que já está à venda na China, vendeu mais de 1.800 unidades no primeiro mês, apesar de ter o custo bastante elevado de 16 mil yuans (equivalente a 2.016 euros).

“Os pedidos são principalmente de criadores de computador, geeks de tecnologia e também crianças, que realmente parecem gostar”, disse Ma.

Embora o AlphaDog não venha com o recurso, os programadores da Weilan esperam que eventualmente consiga ajudar a orientar pessoas com deficiências visuais.

“Ajudar os deficientes é uma direção de desenvolvimento importante para nós”, explicou Ma. “Quando o cão-robô tem a função de visão, audição e diálogo, consegue interagir facilmente com pessoas com deficiência e levá-las ao supermercado ou autocarro”.

Esta equipa não é a única a trabalhar com este objetivo. Uma equipa de investigadores da Universidade da Califórnia estão a trabalhar num cão-robô com GPS habilitado para laser para o mesmo propósito.

Weilan também tem um modelo de cão “corporativo” maior para inspeção industrial e manutenção de máquinas. No entanto, a empresa está aparentemente focada em diferenciar-se da concorrência, oferecendo um cão-robô disponível comercialmente.

Segundo a empresa, futuras atualizações de software vão incluir a habilidade do robô de latir e, eventualmente, uma função de voz humana para permitir conversas e comandos entre o robô e o seu dono.

Maria Campos, ZAP //

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