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Albert Einstein, Prémio Nobel da Física em 1921
A matemática ainda vai buscar muita coisa a Einstein, que quase um século depois ainda continua a inspirar modelos de computadores quânticos.
Quando o génio da física formulou a Teoria da Relatividade, falou em 2 tipos: a relatividade geral e a relatividade especial (ou restrita).
A teoria da relatividade especial de Albert Einstein descreve o modo como o movimento a uma velocidade próxima da velocidade da luz afeta a experiência de espaço e tempo, recorda a New Scientist.
Agora, T. Rick Perche, cientista do Instituto Perimeter de Física Teórica, no Canadá, e colegas afirmam que esses efeitos relativistas podem ajudar a desenvolver um tipo específico de computador quântico.
Até agora, não existia nenhum modelo matemático que agregasse as operações de computação quântica. “Era como se dissessem: ‘Temos a farinha, temos a água, temos o fermento, claramente é possível fazer pão’. E nós detalhámos realmente a quantidade de fermento, a quantidade de farinha, a ordem, a quantidade de água”, explica o autor principal do estudo publicado na Physical Review Letters.
Perche e os seus colegas recorreram à matemática da teoria da informação quântica relativista, que explica como os movimentos e interações ultra-rápidos podem editar a informação codificada nos qubits. Tem ainda em conta os efeitos das interações entre os qubits e os campos quânticos que permeiam todo o espaço.
Os investigadores conseguiram mesmo testar o método, determinando como o seu computador quântico relativista poderia executar o algoritmo da transformada quântica de Fourier. É um programa simples, mas o especialista Philip LeMaitre explica que seria útil a todos os investigadores de computação quântica.
“Os autores demonstram cuidadosa e sistematicamente que este esquema é de facto viável”, comentou o cientista Eduardo Martin-Martinez, que explica que o modelo pode levar a uma nova compreensão do processamento de informação quântica e dos campos quânticos — e oferecer uma forma profunda de ligar ambos.
Não é ou relatividade descrita, mas sim relatividade restrita.
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