Edifício de 13 pisos foi construído no Porto com o intuito de ser um hospital privado do Grupo Trofa Saúde, mas os planos foram interrompidos.
Em Campanhã, no Porto, ergue-se uma torre de 13 pisos, cujas obras estão praticamente terminadas. No entanto, ainda ninguém sabe qual propósito é que vai servir, escreve o jornal Público esta quinta-feira.
Inicialmente estava previsto que o edifício fosse um hospital privado do Grupo Trofa Saúde. No entanto, a empresa acabou por desistir dos planos. Numa altura em que as obras já estavam em andamento, a empresa Predi5 decidiu comprar o imóvel par lá albergar um hotel.
O problema é que o Plano Diretor Municipal (PDM) não permite que a parte do edifício onde está a torre tenha esse uso.
O deputado socialista Tiago Barbosa Ribeiro, vereador na Câmara Municipal do Porto, já tinha denunciado esta situação em maio deste ano. Na altura, o deputado questionou a autarquia sobre o edifício localizado na Avenida 25 de Abril, junto ao Estádio do Dragão.
“Recorde-se que o prédio foi comprado inacabado e soubemos pela comunicação social que o hospital, afinal, passaria a um hotel. Porém, com uma área bruta total de 17.500 m2, o PDM não o permite”, escreveu Tiago Barbosa Ribeiro no Twitter.
“A volumetria foi aceite para permitir equipamento de interesse público e na Câmara mantém-se alvará da obra para equipamento hospitalar. Apenas uma pequena parcela pode ser destinada a outros usos e foi essa a garantia que recebemos da autarquia”, acrescentou. “Continuaremos a acompanhar este tema para que tudo seja feito no respeito pela lei e no interesse da cidade”.
Recorde-se que o prédio foi comprado inacabado e soubemos pela comunicação social que o hospital, afinal, passaria a um hotel.
Porém, com uma área bruta total de 17.500 m2, o PDM não o permite.— Tiago Barbosa Ribeiro (@tbribeiro) May 24, 2022
O empreendimento está a ser construído pela ABB II, o primeiro proprietário do imóvel, que, há uns meses, passou para as mãos de Domingos Névoa, da Bragaparques. A ideia do empresário minhoto era reconverter a torre num hotel, aparthotel e clínica.
Em declarações ao Público, o vereador do Urbanismo e Espaço Público e da Habitação da Câmara do Porto, Pedro Baganha, confirmou que não será possível concretizar essa vontade, uma vez que o PDM não o permite.
A torre tem 13 pisos, três deles subterrâneos, sendo que o hotel ficaria localizado na zona mais alta do imóvel. Nas áreas menos elevadas, explica Baganha, é possível instalar uma unidade hoteleira ou habitação.
Meu! Parece um elefante branco!
Espertos
E que tal ser uma Residência para estudantes? É o que faz falta no Porto.
Ui, outra vez o Nóvoa!! Um vigarista encartado!!! Basta perguntar ao Santana Lopes, quem é este seu amigalhaço!!!