Edifício de 13 pisos foi construído no Porto. Ninguém sabe o que vai ser

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O edifício está localizado em Campanhã, junto ao Estádio do Dragão.

Edifício de 13 pisos foi construído no Porto com o intuito de ser um hospital privado do Grupo Trofa Saúde, mas os planos foram interrompidos.

Em Campanhã, no Porto, ergue-se uma torre de 13 pisos, cujas obras estão praticamente terminadas. No entanto, ainda ninguém sabe qual propósito é que vai servir, escreve o jornal Público esta quinta-feira.

Inicialmente estava previsto que o edifício fosse um hospital privado do Grupo Trofa Saúde. No entanto, a empresa acabou por desistir dos planos. Numa altura em que as obras já estavam em andamento, a empresa Predi5 decidiu comprar o imóvel par lá albergar um hotel.

O problema é que o Plano Diretor Municipal (PDM) não permite que a parte do edifício onde está a torre tenha esse uso.

O deputado socialista Tiago Barbosa Ribeiro, vereador na Câmara Municipal do Porto, já tinha denunciado esta situação em maio deste ano. Na altura, o deputado questionou a autarquia sobre o edifício localizado na Avenida 25 de Abril, junto ao Estádio do Dragão.

“Recorde-se que o prédio foi comprado inacabado e soubemos pela comunicação social que o hospital, afinal, passaria a um hotel. Porém, com uma área bruta total de 17.500 m2, o PDM não o permite”, escreveu Tiago Barbosa Ribeiro no Twitter.

“A volumetria foi aceite para permitir equipamento de interesse público e na Câmara mantém-se alvará da obra para equipamento hospitalar. Apenas uma pequena parcela pode ser destinada a outros usos e foi essa a garantia que recebemos da autarquia”, acrescentou. “Continuaremos a acompanhar este tema para que tudo seja feito no respeito pela lei e no interesse da cidade”.

O empreendimento está a ser construído pela ABB II, o primeiro proprietário do imóvel, que, há uns meses, passou para as mãos de Domingos Névoa, da Bragaparques. A ideia do empresário minhoto era reconverter a torre num hotel, aparthotel e clínica.

Em declarações ao Público, o vereador do Urbanismo e Espaço Público e da Habitação da Câmara do Porto, Pedro Baganha, confirmou que não será possível concretizar essa vontade, uma vez que o PDM não o permite.

A torre tem 13 pisos, três deles subterrâneos, sendo que o hotel ficaria localizado na zona mais alta do imóvel. Nas áreas menos elevadas, explica Baganha, é possível instalar uma unidade hoteleira ou habitação.

ZAP //

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