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De 2D para 3D: inovação portuguesa melhora a avaliação de doentes cardíacos

Cortesia / Universidade do Minho

Sandro Queirós e João Freitas, criadores do software

Equipa da Universidade do Minho criou um software que converte a ecocardiografia de duas para três dimensões.

Um diagnóstico de um doente cardíaco seria mais completo, mais preciso, se houvesse uma ecocardiografia a três dimensões.

Uma equipa do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) da Universidade do Minho chegou exatamente a essa inovação.

A equipa da universidade minhota criou um software que converte a ecocardiografia de duas para três dimensões.

O ecocardiograma é muito utilizado para diagnosticar problemas cardíacos. É seguro, não invasivo, que usa ondas de som (ultrassons) para criar imagens em 2D do coração: forma, tamanho, movimento das paredes e fluxo de sangue nas suas válvulas e câmaras.

A visão tridimensional do ecocardiograma vai permitir detalhar a anatomia e a ação do coração, nomeadamente eventuais problemas.

Este software junta cinco vistas cardíacas em 2D para formar uma em 3D, de forma simples e acessível.

Os cientistas fizeram os testes com imagens simuladas e incidem agora em casos reais.

O novo software, que tem o nome FoCUS – focused cardiac ultrasound (ultrassom cardíaco focado) avalia mais rapidamente estruturas cardiovasculares e função cardíaca à cabeceira do doente, sobretudo em contextos críticos.

Os equipamentos atuais, considera a equipa, têm qualidade média, são limitados no número de vistas adquiridas e estão dependentes da experiência dos operadores, o que pode resultar numa avaliação essencialmente qualitativa da situação do doente.

“A nossa ferramenta supera estas limitações e explora o potencial de todas as vistas cardíacas num mesmo espaço tridimensional”, explica Sandro Queirós, em comunicado enviado ao ZAP.

As técnicas 3D foram uma melhoria significativa face aos métodos geométricos bidimensionais utilizados na prática clínica.

Este avanço, lê-se em comunicado enviado ao ZAP, pode ser decisivo para avaliar doentes na urgência e nos cuidados intensivos.

ZAP //

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