Segundo a Organização Mundial da Saúde, OMS, foi detectado vírus do Ébola no leite materno de sobreviventes da doença, até 16 meses após o início dos sintomas.
Segundo a agência da ONU, estão em curso estudos sobre a persistência do vírus no leite materno, sendo necessárias provas adicionais para compreender o risco de transmissão da doença através do leite materno.
A OMS publicou entretanto online um Guia de Cuidados Clínicos com orientações provisórias sobre o cuidado clínico para sobreviventes do Ébola.
A agência recomenda que em casos em que o vírus Ébola seja descoberto no leite materno, sobreviventes que estejam a amamentar devem suspender o aleitamento e usar um substituto seguro, até que apresentem dois testes negativos consecutivos para a doença.
Segundo a OMS, actualmente há mais de 10 mil sobreviventes de Ébola, nos quais alguns problemas médicos foram relatados, incluindo questões de saúde mental.
O vírus da doença pode persistir em alguns fluidos corporais, incluindo o sémen.
A agência defende que os sobreviventes do Ébola precisam de apoio abrangente que os ajude a superar os desafios médicos e psico-sociais que enfrentam, além de minimizar o risco de transmissão contínua da doença.
A 18 de fevereiro deste ano, segundo a OMS, a África Ocidental estava sem nenhum novo caso de Ébola há 21 dias.
O vírus, que circulou com intensidade há dois anos, foi confirmado em mais de 28.600 pessoas – das quais 11.300 mil morreram.