Segundo um estudo publicado recentemente por investigadores da Universidade de British Columbia, a prática generalizada de consultar frequentemente os e-mails, bem como outras notificações, pode ser uma fonte de stress adicional.
Se já todos suspeitávamos de alguma coisa em relação a isto (se pesquisar no Google por dicas para reduzir o stress e a ansiedade, muitos dos resultados aconselham a controlar melhor esta compulsão), foi mesmo necessário um estudo que viesse validar esta hipótese.
O universo de estudo consistiu num grupo de 125 voluntários (estudantes, analistas financeiros e médicos, entre outras categorias profissionais), que os investigadores decidiram dividir em dois grupos distintos.
O primeiro foi instruído a limitar a consulta dos e-mails (ao dia ou à semana) para três vezes, enquanto que o segundo continuou a consultá-los da forma mais convencional – constantemente, de forma rápida.
Os participantes foram, depois, questionados relativamente aos seus níveis de stress.
As conclusões, como o leitor poderá imaginar, ditaram que há uma relação entre a limitação da consulta de e-mails e a redução dos níveis de stress dos participantes.
A solução é simples: pare de os verificar tantas vezes.
Contudo, e os próprios investigadores reconhecem-no, é mais fácil falar do que fazer. Os incentivos, no entanto, devem falar por si.
Kostadin Kushlev, principal autor do estudo, viu em si mesmo as motivações para dar início a esta investigação: deu por si próprio a verificar constantemente e-mails, que pareciam nunca parar de chegar, num fluxo praticamente contínuo.
A limitação, afirma, permitiu-lhe reduzir os seus níveis de stress. Kushlev acredita também que as próprias empresas deveriam motivar os funcionários a limitar a consulta dos seus e-mails.
Os resultados foram publicados na Computers in Human Behaviour.
Por isso, já sabe: concentre-se no que tem a fazer agora e deixe as notificações – e isto é válido também para notificações de redes sociais – para mais tarde.
Lauro Lopes, Telemóveis.com