Duterte oferece quase 500 dólares a quem matar um rebelde comunista

King Rodriguez, PPD / Wikimedia

O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte

O Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, ofereceu recompensas de quase 500 dólares a quem matar um rebelde comunista do Novo Exército do Povo (NEP), informaram esta quinta-feira fontes oficiais.

Esta quinta-feira, fontes oficiais informaram que o Presidente das Filipinas ofereceu recompensas de 487 dólares (391 euros), a quem matar um rebelde comunista do Novo Exército do Povo (NEP).

“Se matar um membro do NEP hoje, pagarei 25 mil pesos”, garantiu Rodrigo Duterte, de acordo com a transcrição oficial de um discurso pronunciado em Cebu, no centro do país, esta quarta-feira.

“Se consegue atirar e acertar num pássaro que está a voar acima si, como não pode acertar num NEP que tem uma cabeça maior?”, disse Duterte, arrancando o riso da audiência, sem adiantar, porém, mais detalhes sobre a oferta.

O Novo Exército do Povo é uma guerrilha ativa que está nas listas de grupos terroristas das Filipinas, dos Estados Unidos e da União Europeia. O Presidente estava a responder a José María Sison, líder do Partido Comunista das Filipinas, em exílio na Holanda, que disse na semana passada que o NEP é capaz de matar um soldado por dia.

Duterte argumentou que pagar 25 mil pesos a qualquer um que mate um terrorista seria mais barato para o estado do que financiar uma guerra contra esta organização comunista, que tem uma grande presença nas áreas rurais do país, onde muitas vezes realiza extorsões e ataques.

Os críticos do chefe de estado protestaram pelas suas declarações, considerando que este incita a homicídios extrajudiciais como os alegadamente cometidos na sua controversa “guerra contra as drogas”, de que já terão resultado 7.000 mortos, de acordo com algumas estimativas.

É a segunda vez em poucos dias que Duterte é objeto de controvérsia pelas suas declarações relacionadas com a NEP, já que, no domingo, anunciou durante um discurso público a ordem de disparar nos genitais das combatentes femininas.

// Lusa

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