“Dragão da morte”. Descobertos fósseis gigantes de nova espécie de pterossauro

Universidade Nacional de Cuyo

O bom estado de preservação dos fósseis surpreendeu os cientistas, já que os fósseis dos pterossauros de grandes dimensões costumam ser encontrados desfeitos em pedaços pequenos.

Foram descobertos dois fósseis da maior espécie de pterossauro alguma vez encontrada na América do Sul, apelidada como o “dragão da morte“.

As asas de um destes répteis voadores estendia-se sete metros. Já as do outro exemplar eram maiores, chegando aos nove metros. Os fósseis pertencem à família azhdarchidae dos pterossauros, que viveu durante o fim do período Cretáceo, há entre 146 milhões e 66 milhões de anos, e que se distingue por ter enormes crânios e pescoços muitos longos em relação ao resto do corpo.

Os animais em questão pertenciam à espécie Thanatosdrakon amaru e os autores do estudo (que será publicado na Crestaceous Research em Setembro) estimam que os dois tenham morrido ao mesmo tempo. Um dos repteis ainda não era adulto e os cientistas não conseguiram perceber se os animais eram dfa mesma família.

Os fósseis foram encontrados durante escavações para um projecto de construção civil, na província de Mendoza, nos Andes. Uma equipa de paleontólogos estava a supervisionar as escavações quando descobriu fragmentos dos fósseis, que estavam em vários estados diferentes de preservação.

Os cientistas ficaram surpreendidos com a boa condição em que as ossadas estavam devido à fragilidade dos ossos dos pterossauros, que geralmente são encontrados já desfeitos em pedaços. Estima-se que estes animais tenham vivido há cerca de 86 milhões de anos, 20 milhões de anos antes do impacto com o asteróide que pôs fim à era dos dinossauros.

“Desde o início, duas coisas chamaram à atenção: a primeira foi o tamanho dos fósseis e a sua preservação em três dimensões, uma condição pouco comum neste grupo de vertebrados; a segunda foi a quantidade de ossos encontrada no sítio”, revela Leonardo D. Ortiz David, autor principal do estudo, ao Live Science.

As ossadas estão actualmente no Laboratório e Museu dos Dinossauros da Universidade Nacional de Cuyo, em Mendoza e estão a ser protegidas com gesso.

Adriana Peixoto, ZAP //

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