Ao cabo do terceiro “round”, o FC Porto amealhou a primeira “sieg”, ou como quem diz, vitória nesta edição da Liga Europa, após a derrota ante o Bodø/Glimt e o empate inglório frente ao Manchester United.
Tal como Vítor Bruno tinha avisado, a recepção ao Hoffenheim foi tudo menos fácil, valendo a eficácia do conjunto português como exemplificam os Golos Esperados (xG) dos dois emblemas.
Tiago Djaló marcou no último suspiro da primeira metade e Samu colocou um ponto final do marcador. Na próxima ronda, os portistas vão deslocar-se até ao Olímpico de Roma, casa da Lázio.
Desde a recepção ao Arsenal (1-0) nos “oitavos” da Champions da temporada passada que os “dragões” não tinham uma ‘clean sheet’ na UEFA
No derradeiro lance da primeira parte, Tiago Djaló serenou os ânimos do Dragão. O defesa-central, que manteve a titularidade que conquistou frente ao Sintrense, marcou pelo segundo jogo consecutivo e maquilhou uma exibição pálida e sofrível do FC Porto neste período.
O Hoffenheim foi quase sempre melhor, dominou por completo os “azuis-e-brancos” e dispôs das melhores ocasiões. Hložek, uma espécie de diabo à solta, foi espalhando veneno e pecou apenas nos momentos de finalização. Os assobios começavam a ecoar no Dragão até que apareceu Djaló…
A vantagem deixou os portistas mais calmos no encontro, o opositor foi em busca do empate, mas a equipa lusa mostrou-se segura a defender e tentou explorar o muito espaço que tinha nas costas da defesa contrária.
Foi num lance desse género que Samu dissipou as dúvidas, pois ao minuto 75 o avançado ligou o “turbo”, temporizou e, no momento certo, desferiu um remate mortífero que “matou” as ambições germânicas, selando a primeira vitória da equipa na prova.
O Jogo em 5 Factos
1. Posse de bola
O FC Porto teve algumas dificuldades para gerir os ritmos do duelo e actuou muitas vezes de uma forma mais reactiva. A percentagem de posse de bola, apenas 46%, reflecte isso mesmo.
2. Golos esperados
Muita eficácia dos da Invicta. Dispararam 11 remates, quatro foram enquadrados e dois resultaram em golo. Os Golos Esperados (xG) foram de apenas 0,7. Já o opositor contabilizou 16 tentativas, mas enquadrou apenas um disparo, desperdiçou uma ocasião flagrante e obteve um xG de 1,1.
3. Eficácia “assim-assim” no cruzamento
Em dez cruzamentos com o selo do FC Porto, somente dois foram eficazes. O Hoffenheim chegou aos 15 e acertou quatro.
4. Desperdício
Foram muitos os passes de risco falhados nos dois lados. Destes, 18 tiveram a assinatura da turma do Porto e 12 da barricada alemã.
5. Equilíbrio
Esta foi uma das notas dominantes do duelo, o equilíbrio, patente no número de acções defensivas no meio campo adversário, pois cada uma das equipas contabilizou oito. Não foi um jogo de “gegenpressing”.
Melhor em Campo
O médio argentino Alan Varela foi o pêndulo da equipa ao longo de toda a partida, tendo registado três passes para remate, uma eficácia de 100% nos 49 passes que fez, acertou os sete passes longos que arriscou, obteve um total de 63 acções com a bola, venceu metade dos seis duelos que protagonizou, foram três as recuperações de posse, seis as perdas do esférico e cinco as acções defensivas.
O MVP teve um rating de 6.8.
Resumo
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