Novo estudo estabelece relação entre dormir a mais e problemas de memória e de outras funções do cérebro. É quase como dormir pouco.
Dormir muito é tão prejudicial como dormir pouco. A ideia não é nova, mas agora um novo estudo traz mais detalhes sobre as desvantagens de dormir mais do que 9 horas por dia.
Segundo a análise, dormir durante demasiado tempo tem impacto (negativo) na saúde do cérebro – sobretudo em pessoas que apresentam sintomas de depressão.
Foram analisados dados de quase 2.000 pessoas sem demência; a idade média era de praticamente de 50 anos.
A conclusão principal do estudo mostra que dormir mais de 9 horas por dia está relacionado com um pior desempenho da memória, das funções executivas e das capacidades espaciais e visuais – ou seja, conseguir perceber, analisar, manipular e representar informações visuais no espaço.
Esses problemas foram mais visíveis em pessoas com sintomas de depressão (mesmo que não estivessem a tomar medicamentos antidepressivos).
Entre os quatro grupos de participantes (sem sintomas de depressão nem antidepressivos, com sintomas mas sem antidepressivos, sem sintomas mas com antidepressivos, e com sintomas e com antidepressivos), os resultados mais problemáticos verificaram-se nos segundo e quarto grupos – ou seja, com sintomas de depressão, independentemente se seguiam algum tratamento.
Os efeitos foram bem menores nas pessoas que tomam antidepressivos, mas não têm sintomas de depressão.
No geral, resume o El Confidencial, concluiu-se que dormir muito pode afetar elementos essenciais do dia-a-dia: organização, tomada de decisões e controlo de impulsos.
Uma das especialistas, Sudha Seshadri, avisa: “Dormir mais do que o aconselhável (7h ou 8h por dia) não é necessariamente um bom sinal. Especialmente quando se trata de pessoas com problemas de saúde mental”.
Estes padrões podem antecipar fases iniciais do envelhecimento cerebral ou doenças neurodegenerativas.