A carreira de Usain Bolt terminou bastante mal, com o já lendário atleta jamaicano a lesionar-se este sábado na sua última corrida, a final dos 4×100 metros dos Mundiais de atletismo de Londres, que a Jamaica não terminou.
Usain Bolt recebeu o testemunho para o último percurso na terceira posição, atrás de norte-americanos e britânicos, tentou forçar e acabou por ter de parar na pista, com uma lesão muscular.
Uma cãibra na coxa esquerda foi o motivo que impediu o jamaicano de terminar a última corrida da sua carreira, a final dos 4×100 metros dos Mundiais de atletismo, em Londres.
“É uma cãibra no isquiotibial esquerdo, mas a maior dor que sente é pela deceção de ter perdido a corrida. As três últimas semanas foram duras para ele“, afirmou o médico da seleção da Jamaica, Kevin Jones.
Omar McLeod, medalha de ouro nos 110 m barreiras e que no sábado correu o primeiro percurso da estafeta jamaicana nos 4×100, afirmou que todos estavam um pouco comovidos com a lesão de Bolt.
“O nome de Usain Bolt permanecerá para sempre”, sublinhou.
A Grã-Bretanha conquistou a medalha de ouro, com 37,47 segundos, batendo os EUA (37,52) e o Japão (38,04).
O recordista mundial de 100 e 200 metros fecha assim a sua carreira com 14 medalhas em campeonatos do Mundo, um recorde para o setor masculino. Só na estafeta, ia em Londres para quarto título consecutivo.
Farah despede-se sem vitória (mas em apoteose)
Quando tudo se preparava para festejar o 11.º grande título de Mo Farah – seria o quarto só nos 5.000 metros em Mundiais -, eis que uma corrida especialmente lenta permitiu que a Etiópia se desforrasse de tantos anos de ‘humilhações’, através do mais experiente dos seus homens em pista, Edris, antigo campeão júnior, há cinco anos.
Edris e o seu compatriota Yomif Kejelcha (outro campeão nos escalões jovens) tomaram conta da corrida a 500 metros da meta, respondendo na perfeição a Farah e ao norte-americano Paul Chelimo, o vice-campeão olímpico, que eram apontados como os melhores terminadores.
“Dei tudo”, limitou-se a dizer Farah no final, antes de uma apoteótica volta à pista do estádio Olímpico de Londres, que estava cheio. Nos ecrãs de topo, passava uma montagem com os melhores momentos da carreira.
O tempo de Edris, 13.32,79 minutos, comprova bem como a corrida foi lenta – mas valeu-lhe o ouro, o primeiro para a Etiópia desde Kenenisa Bekele em 2009.
Farah, com a prata de hoje, falha o ‘tetra’ e é, finalmente, ‘derrotável’ no ano em que se despede das pistas. Aos 34 anos, é o fim, agora só fará mais duas provas este mês em Inglaterra e arruma os sapatos.
Chelimo fica com o bronze, e aos 26 anos parece ser agora quem mais pode fazer frente à ‘armada etíope’.
ZAP // Lusa