O empresário português Mário Ferreira, dono do grupo que detém a TVI, reforçou a participação accionista na Savannah Resources, empresa que quer explorar o lítio na mina do Barroso, em Boticas.
Mário Ferreira consolidou a sua posição como terceiro maior accionista da empresa e como o maior a título individual, de acordo com um comunidade divulgado pela Savannah e citado pela agência Lusa.
A proprietária do projecto Lítio do Barroso, no concelho de Boticas, distrito de Vila Real, prevê iniciar a produção em 2027.
Mário Ferreira é presidente do grupo Mystic Invest/Douro Azul que actua na área dos cruzeiros, e é proprietário da Pluris Investments, a maior accionista da Media Capital.
O empresário explica o investimento na mina de lítio com a sua intenção em contribuir para uma “economia cada vez mais sustentável, em todas as suas frentes”, assumindo um “compromisso com o ambiente e a sociedade” através da Savannah Resources.
A Savannah Resources é uma empresa australiana de desenvolvimento de recursos minerais e é a única proprietária do projecto de lítio do Barroso, onde tem concentrado os seus trabalhos nos últimos sete anos.
A exploração mineira é, no entanto, contestada por autarcas e populares que se juntaram na associação Unidos em Defesa de Covas do Barroso (UDCB).
“A Savannah é cada vez mais portuguesa“
No comunicado da empresa, destaca-se “o apoio crescente” de Mário Ferreira e “de cada vez mais accionistas portugueses“. Este “crescimento constante da participação portuguesa na Savannah ao longo deste ano, reforça o nosso sentido de responsabilidade”, salienta o presidente executivo (CEO) da Savannah Resources, Emanuel Proença, citado no comunicado.
“Sabemos que todos eles estão a depositar a sua confiança em nós para participar no sucesso futuro da empresa, e com ela na construção de uma fileira em que Portugal será decisivo para a construção de uma Europa mais competitiva, tecnológica e sustentável”, acrescenta Emanuel Proença.
A Savannah revela que tem já acima de 25 investidores diferentes com quem tem contacto direto, além de outros investidores de retalho.
Emanuel Proença nota ainda que “a Savannah é cada vez mais portuguesa no terreno também, sendo que a sua contribuição para a economia e também para os esforços europeus de transição energética é cada vez mais clara”.
ZAP // Lusa