Dois “asteroides assassinos” vão passar pela Terra. Vamos poder ver um deles

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O mais pequeno do par de  asteroides foi detetado apenas este mês e poderá ser visível com binóculos quando passar pelo nosso planeta à distância da Lua.

Esta semana, dois asteroides vão passar perto do nosso planeta. Um destes asteroides é suficientemente grande para destruir uma cidade, e o outro tão grande que poderia acabar com a nossa civilização.

Mas não há razão para entrar em pânico. Ambos têm zero por cento de hipóteses de colidir com a Terra.

E, diz o The New York Times, dependendo do local do planeta em que nos encontremos, até será possível ver um deles.

O maior dos asteroides, (415029) 2011 UL21, passa esta quinta-feira, pelas 21:15 horas, a uma distância mais de 17 vezes superior à distância da Terra à Lua. Tem uns impressionantes 2.300 metros de comprimento, mas estará demasiado longe para ser visto facilmente sem um telescópio potente.

No próximo sábado, pelas 14:45, a rocha espacial mais pequena, a que os astrónomos deram o nome de 2024 MK, passará bastante mais perto da Terra, a 75% da distância da Lua.

Se tiver um bom telescópio no seu quintal, ou até mesmo uns bons binóculos, e se o seu céu estiver sem nuvens, poderá ver a rocha espacial, com 120 a 300 metros,  como uma mancha de luz a atravessar o céu.

“O objeto estará a mover-se rapidamente, por isso é preciso ter alguma habilidade para o detetar”, explica Juan Luis Cano, membro do Gabinete de Defesa Planetária da Agência Espacial Europeia ESA.

Pequenos asteroides e fragmentos de cometas atravessam ocasionalmente a atmosfera da Terra, criando um espetáculo de luz inofensivo. Muitos mais fragmentos rochosos e gelados passam ao lado do planeta e, muitas vezes, espremem-se entre a Terra e a Lua.

Um asteroide do tamanho do 2024 MK a passar por esta agulha celestial é menos comum. “Passagens tão próximas por coisas tão grandes são raras, mas acontecem em escalas de tempo de décadas. Esta será apenas a terceira (que conhecemos) neste século”, explica Andrew Rivkin, astrónomo da Johns Hopkins University, num e-mail enviado ao NYT.

Estas aproximações são úteis para os investigadores de defesa planetária. Os asteroides desta semana serão detetados por radares na Terra, o que permitirá determinar com exatidão as suas dimensões e trajetórias.

“Estas medições reduzirão consideravelmente as incertezas do seu movimento e permitir-nos-ão calcular as suas trajectórias no futuro”, explica Lance Benner, investigador do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA.

ZAP //

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2 Comments

  1. Tanto quanto julgo saber, às 14:45 não é de noite, mas sim pleno dia. Como será então possível ver o asteróide “como uma mancha de luz a atravessar a noite”????….

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