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“Golpe de Estado em curso”. Direita celebrou o 25 de Novembro no Parlamento

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Carlos Almeida / Lusa

Parlamento

PSD, Iniciativa Liberal e Chega fizeram questão de celebrar o 25 de Novembro de 1975 no Parlamento, no dia em que passam 47 anos da data em que foi anulada uma possível tentativa de golpe militar da esquerda radical.

Incitada pelo deputado Alexandre Poço, do PSD, a direita aplaudiu o 25 de Novembro de 1975 no Parlamento. “Viva a democracia, viva o 25 de Novembro”, assinalou Poço numa intervenção na Assembleia da República a que se seguiu o aplauso dos deputados do PSD, da Iniciativa Liberal (IL) e de alguns elementos do Chega.

Pelo meio dos aplausos, podia ouvir-se nas bancadas do PS alguns deputados a notarem que “há um golpe de Estado em curso”.

No Twitter, o presidente do PSD, Luís Montenegro, também assinalou a data, manifestando “gratidão” aos que “evitaram a adulteração de Abril”.

“Faz hoje 47 anos que a liberdade e a democracia plural ganharam às tentações e intenções totalitárias da esquerda”, escreveu ainda Montenegro naquela rede social.

O 25 de Novembro de 1975 ditou o fim do chamado “período revolucionário em curso”, conhecido pela sigla PREC, acabando com um possível golpe militar de extrema-esquerda, tese ainda hoje contestada pela chamada “esquerda militar”, que saiu derrotada.

Um dispositivo militar, com base no regimento de comandos da Amadora, sob a direcção do então tenente-coronel Ramalho Eanes, futuro Presidente da República, travou a tentativa de sublevação de unidades militares conotadas com sectores da extrema-esquerda. Ao fim da tarde, foi decretado o Estado de Sítio em Lisboa.

No Parlamento, durante a discussão do Orçamento de Estado para 2023 (OE2023), as divergências ideológicas entre esquerda e direita ficaram bem marcadas, com a IL a atacar o PCP por este partido defender impostos sobre os lucros extraordinários das empresas.

Nunca ataca o grande estatal. Fica sempre muito incomodado com a mão invisível, mas nunca com a mão do Estado no bolso dos portugueses”, acusou o deputado da IL Rodrigo Saraiva, dirigindo-se ao PCP.

“Nós aqui defendemos os interesses do povo e não de Moscovo. Se estivessem preocupados com trabalhadores tinham votado a favor da proposta da IL sobre o IRS”, salientou ainda Saraiva, terminando a notar que “é 25 de novembro, dói-lhes na alma e dói-lhes no corpo“.

O Chega também recordou o 25 de Novembro, com o deputado Jorge Galveias a destacar que foi o “primeiro passo para verdadeira democracia” enquanto salientava que o OE2023 é “o pior orçamento de sempre”.

O líder parlamentar do Chga, Pedro Pinto, também saudou o 25 de Novembro e desafiou Augusto Santos Silva, presidente da Assembleia da República, a falar da data tal como tinha feito quanto ao Dia pela Eliminação da Violência de Género que se assinala hoje, numa intervenção anterior.

Santos Silva reconheceu, então, que é uma data “muito importante” e uma das datas que ajudam a explicar que Portugal seja, hoje, uma “democracia pluralista”. “Se era isso que queria ouvir, tenho todo o gosto em dizê-lo”, concluiu.

ZAP // Lusa

1 Comment

  1. 25 de Novembro foi uma boa data, mas de resultados insuficientes! A prová-lo termos ainda o PC e o BE na Assembleia!
    Abaixo todos os partidos Marxistas, Leninistas e quem os apoiar!!!!

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