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Director do Museu da Presidência suspenso de funções e em liberdade condicionada

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Museu da Presidência da República / Facebook

Diogo Gaspar, diretor do Museu da Presidência

Diogo Gaspar, diretor do Museu da Presidência

O director do Museu da Presidência, Diogo Gaspar, foi suspenso das funções públicas que exercia e ficou em liberdade, sob caução de 50 mil euros, após ter sido ouvido pela juíza do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, no âmbito da “Operação Cavaleiro”.

Segundo nota à comunicação social da Procuradoria-Geral da República, a juíza de Instrução Criminal, Maria Antónia Andrade, decidiu proibir Diogo Gaspar de contactar com funcionários e de entrar no Museu da Presidência, na Secretaria-geral da Presidência e no Palácio da Cidadela, em Cascais.

Diogo Gaspar foi detido na quinta-feira por suspeita de crimes de tráfico de influência, falsificação de documento, peculato, peculato de uso, participação económica em negócio e abuso de poder, segundo a PGR.

As buscas efectuadas a duas residências do director do Museu da Presidência e a diversas empresas levaram à apreensão de móveis antigos, quadros e tapeçarias que terão sido desviados do Museu por Diogo Gaspar.

O inquérito investiga “suspeitas de favorecimento de interesses de particulares e de empresas com vista à obtenção de vantagens económicas indevidas e suspeitas de solicitação de benefícios como contrapartida da promessa de exercício de influência junto de decisores públicos”, refere a PGR.

O processo visa averiguar, também, “o uso de recursos do Estado para fins particulares, a apropriação de bens móveis públicos e a elaboração de documento, no contexto funcional, desconforme à realidade e que prejudicou os interesses patrimoniais públicos”, acrescenta a PGR.

Marcelo apanhado “acidentalmente” nas escutas

A nota da Procuradoria ainda assinala que “foram interceptadas comunicações telefónicas nas quais intervém acidentalmente o Presidente da República”, Marcelo Rebelo de Sousa. Estas gravações foram destruídas porque são “manifestamente estranhas ao processo, não tendo, por isso, qualquer relevância para a investigação”, salienta a PGR.

A investigação foi iniciada em Abril de 2015. O Ministério Público é coadjuvado pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária e o inquérito encontra-se em segredo de justiça.

ZAP / Lusa

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