Um dos grandes e antigos mistérios do estudo dos dinossauros é a questão sobre se o seu sangue era quente ou frio. A resposta for encontrada escondida nas cascas dos seus ovos.
Tradicionalmente, acreditava-se que os dinossauros, como os répteis modernos, eram criaturas de sangue frio. Porém, recentemente, a crescente consciencialização da origem dos pássaros complicou esta suposição, sugerindo que os dinossauros, como as aves de hoje, possam ter tido sangue quente.
De acordo com o último estudo sobre esta debatida questão, que foi publicado este mês na revista científica Science Advances, os dinossauros tinham sangue quente, com base na composição dos produtos químicos antigos escondidos dentro das cascas dos ovos de dinossauros fossilizados.
“Os nossos resultados sugerem que todos os principais grupos de dinossauros tinham temperaturas mais quentes do que o ambiente”, disse o geofísico Robin Dawson, da Universidade de Yale, que está agora na Universidade de Massachusetts-Amherst, em comunicado. “O que descobrimos indica que a capacidade de elevar metabolicamente as suas temperaturas acima do meio ambiente era uma característica antiga e evoluída para os dinossauros”.
Dawson e os seus colegas investigaram fragmentos de casca de ovo de dinossauros que residiram no Canadá há cerca de 75 milhões de anos, incluindo o grande herbívoro Maiasaura peeblesorum e o mais pequeno Troodon formosus, semelhante a um pássaro. Os cientistas também investigaram uma casca de ovo da Roménia, estimada em aproximadamente 69 milhões de anos, que terá pertencido a um saurópode anão de titanossauro.
Usando uma técnica chamada paleotermometria isotópica agrupada, os investigadores analisaram ligações químicas no antigo mineral carbonato que compõe as cascas dos ovos. A ordem atómica dos isótopos de carbono e oxigénio na estrutura molecular indica a temperatura na qual o material se formou, sugerindo a temperatura corporal interna do dinossauro mãe que depositou os ovos.
A equipa descobriu que as amostras sugeriam que as temperaturas do corpo eram mais quentes do que o ambiente em redor. Ou seja, eram endotérmicos – conseguiam gerar calor internamente -, em oposição aos animais ectotérmicos, que dependem do calor do ambiente.
Nos testes, as amostras variaram entre 3 e 6ºC mais quentes que o ambiente até 15°C, o que, segundo os cientistas, é uma evidência mais ampla de controle metabólico da temperatura nos dinossauros do que se sabia antes.
Olá gostei muito do seu artigo, vou acompanhar seu blog seu conteúdo vem me ajudando
bastante, muito obrigado.
Era morno.