Alguns dinossauros eram enormes, outros pequenos. A razão é inesperada

Anthony Hutchings

Ilustração artística do dinossauro da Ilha de Wight.

A pesquisa descobriu que não há uma relação aparente entre o ritmo de crescimento de um dinossauro e o seu tamanho.

Um novo estudo publicado na Science desvendou o mistério por trás das enormes variações de tamanho dos dinossauros — e a resposta é surpreendente.

Vários animais, incluindo os dinossauros, tinham ossos que desaceleravam ou paravam de crescer anualmente. Tal como os anéis das árvores, as marcas nos ossos indicam a idade dos animais e podem ser usadas para se calcular o ritmo de crescimento, relata o Interesting Engeneering.

“Estes anéis são chamados marcas de crescimento cortical. Os anéis com espaços mais largos indicam um crescimento mais rápido e os anéis com espaços mais apertados dizem que o animal estava a crescer mais lentamente”, explica o paleontólogo e autor principal do estudo, Michael D. D.’Emic.

No total, os cientistas mediram cerca de 500 anéis em 80 ossos diferentes. A conclusão? Não há uma relação aparente entre o ritmo de crescimento e o tamanho do corpo.

“Alguns dinossauros gigantes cresceram muito lentamente, de forma mais lenta do que os jacarés atualmente. E alguns dinossauros mais pequenos cresceram muito rápido, tão rápido como os mamíferos vivos hoje em dia”, frisa D’Emic.

Os resultados são surpreendentes porque, geralmente, os animais evoluem até um tamanho maior ao crescerem mais rápido do que os seus antepassados. Esta pesquisa mostra que não há uma correlação aparente entre o tamanho de um animal e o ritmo e duração dos seus saltos de crescimento.

“Isto tem implicações realmente importantes, porque as mudanças no ritmo versus tempo podem correlacionar-se com muitas outras coisas, como quantos ou quão grandes são os seus descendentes, quanto tempo vivem ou quão suscetíveis a predadores são”, remata D’Emic.

ZAP //

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