Um novo estudo mostra que um dinossauro, que viveu há 200 milhões de anos, no sul do continente africano, crescia como uma árvore, ou seja, o seu crescimento variava de estação para estação.
Qualquer pessoa com filhos sabe quão rápido eles crescem. E, no caso dos dinossauros, será que também era assim? Segundo um novo estudo, a resposta a esta pergunta é não, pelo menos quando falamos de uma espécie icónica que vagueou pelo sul de África: Massospondylus carinatus.
Ao examinar os ossos da coxa com um microscópio, os investigadores podem contar as linhas de crescimento de um animal, tal como acontece com as árvores, o que permite perceber quanto cresceu a cada ano.
Segundo o site EurekAlert!, foi isso mesmo que esta equipa de cientistas fez, tendo analisado os anéis de crescimento nos ossos de um M. carinatus, dinossauro herbívoro e quadrúpede que viveu no início do Jurássico.
Os investigadores concluíram que o crescimento deste dinossauro variava de estação para estação, sendo mais parecido com o crescimento de uma árvore do que com o de uma criança.
“Num ano podiam ganhar cem quilos e no ano seguinte ganhar apenas dez”, explicou Kimberley Chapelle, do Museu Americano de História Natural e autora principal do estudo publicado, a 12 de maio, na revista científica Biology Letters.
Segundo o mesmo site, o estudo sugere que o crescimento do M. carinatus respondia diretamente às condições ambientais. Num ano bom, com muita chuva e comida, a espécie podia crescer muito, quase duplicando de tamanho. Num ano mau, em que os nutrientes eram escassos, quase nem se notava o seu crescimento.
Chapelle e o resto da equipa sugerem que esta estratégia de crescimento pode ter ajudado este dinossauro a lidar com as duras condições ambientais que se seguiram à Extinção do Triássico-Jurássico, quando mais de 50% das espécies desapareceram.