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Diabéticos não medicados sofrem casos mais graves de covid-19, conclui novo estudo

Um novo estudo refere que os diabéticos não medicados têm sintomas mais graves de covid-19. Além disso, mostra o impacto económico da pandemia na saúde destes indivíduos, sendo que muitos tiveram de escolher entre comprar comida ou medicamentos.

Doentes hospitalizados com diabetes que não tenham estado a controlar os níveis de açúcar com medicação sofrem casos mais severos de covid-19, de acordo com um novo estudo apresentado na reunião anual da Associação Americana de Diabetes.

“Os nossos resultados mostram a importância de monitorizar e controlar a glucose no sangue de doentes com covid-19 hospitalizados desde início”, afirmou Sudip Bajpeyi, um dos autores do artigo e professor de cinesiologia na Universidade do Texas em El Paso, citado pela WebMD.

Quase um em cada cinco americanos diabéticos afirmaram que a crise financeira causada pela pandemia os obrigou a escolher entre comprar comida ou comprar medicamentos e equipamentos para controlar a diabetes, segundo o estudo.

40% das vítimas mortais de covid-19 nos EUA sofria de diabetes e uma em cada dez pessoas com diabetes que foram hospitalizadas morreram no prazo de uma semana.

O estudo usou registos hospitalares de 369 pacientes com covid-19 que foram tratados no Centro Hospitalar Universitário de El Paso. Foram depois organizados com base nos níveis A1C, uma medida que controla a quantidade de açúcar no sangue, e separados entre prediabéticos e diabéticos.

O grupo diabético registou a medicação que fazia na altura do internamento, tendo-se concluído que os pacientes não medicados tinham um risco significativamente maior de ter um caso mais grave de covid-19, tendo em conta os dados sobre a falência de órgãos relacionada com a sepse e sobre a duração da hospitalização.

Já os doentes que tinham a medicação em dia, de acordo com o estudo, tiveram complicações menos graves e ficaram menos tempo internados no hospital.

A amostra estudada era 89% hispânica e concluiu-se que a comunidade latina tem uma probabilidade de morrer de covid-19 2.4 vezes superior à da população branca. Os latinos têm também uma probabilidade de ter diabetes 50% superior aos brancos.

AP, ZAP //

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