Di María verga panteras com exibição de luxo

Manuel de Almeida / Lusa

Arrancado a ferros. O Benfica recebeu o Boavista, dominou amplamente, criou ocasiões, mas precisou de um golo mais ou menos fortuito de Di María na segunda parte para tranquilizar a equipa.

Nem sempre o último passe saiu aos atacantes benfiquistas, o remate nem sempre teve a melhor qualidade e, quando tinha, João Gonçalves ia resolvendo as questões na baliza contrária.

Uma exibição de qualidade das “águias”, menos no último terço, onde acabaram por ser perdulárias. Marcos Leonardo, entrado aos 70 minutos, voltou a marcar, 24 minutos volvidos, assistência de Di María.

Dois jogos do brasileiro, dois golos.

Primeira metade de sufoco para o Boavista, que se viu obrigado a recuar no terreno face à abordagem do Benfica ao jogo. Com João Neves no banco e Florentino de início, a formação da Luz conseguia pressionar em terrenos mais adiantados, com Kökçü um pouco mais liberto do que o habitual, e as ocasiões iam sucedendo.

A melhor delas aos 12 minutos, com Morato a cruzar, mas nem João Mário nem Arthur Cabral conseguiram a emenda à boca da baliza. E aos 24 foi Morato a rematar ao lado, em boa posição, mas em jogo de sentido único, os “axadrezados” foram aguentando o nulo.

Ao intervalo o melhor em campo era mesmo o guarda-redes do Boavista, João Gonçalves, com um GoalPoint Rating de 6.3. O guardião registava quatro defesas e dois golos evitados (defesas – xSaves), sendo a derradeira muralha contra os intentos “encarnados”.

O segundo tempo começou com um golo de Di María anulado por mão de João Mário momentos antes, e ao 54 minutos a primeira oportunidade para os visitantes, com Róbert Boženík, sozinho, a rematar e Aursnes a cortar quase em cima da linha.

O encontro estava mais aberto e o Boavista pagou por isso. Pouco depois da hora de jogo, Di María cruzou da direita, nem Arthur nem João Mário conseguiram desviar, nem nenhum defesa afastar e a bola acabou por entrar na baliza de João Gonçalves.

O jogo tornou-se algo caótico, embora sempre com o Benfica no comando das operações e com mais iniciativa, mas o último passe tardava em sair.

Por esse motivo, as ocasiões não foram tão claras a partir do tento benfiquista e o resultado acabaria por ser ampliado apenas nos descontos, com Marcos Leonardo, entrado 24 minutos antes, a marcar pela segunda vez em dois jogos, após assistência de “Angelito”.

Melhor em Campo

Enorme jogo do internacional argentino Angel Di Maria, melhor em campo com um extraordinário GoalPoint Rating de 9.4.

O fantasista pode ter estado menos inspirado no drible, não tendo completado nenhuma das nove tentativas, mas terá sido por isso que a nota máxima não lhe tocou, porque de resto esteve imparável.

Um golo, uma assistência, sete remates, cinco passes para finalização, sete passes progressivos, quatro super progressivos, 13 progressivos recebidos (tudo máximos), mas também o valor mais alto de acções defensivas no meio-campo contrário (6).

Excelente.

Resumo

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