Os dez alimentos que mais subiram de preço com a guerra na Ucrânia

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Saiba quais são os alimentos que mais subiram de preço desde o início da guerra na Ucrânia. O cabaz de alimentos essenciais aumentou quase 20%.

A guerra na Ucrânia gerou uma inflação galopante que se tem feito sentir nos preços há vários meses. Provavelmente já reparou que a sua conta de supermercado está a crescer, mesmo que não compra nada diferente.

Arroz carolino, alface frisada, polpa de tomate, açúcar branco, cenouras, couve coração, carapaus, leite UHT meio gordo, bolacha Maria e batata vermelha são os alimentos que mais subiram de preço desde o início da guerra, segundo dados da Deco Proteste.

Se comprar todos estes produtos, vai pagar, em média, 21,27 euros. Antes da guerra, pelos mesmos bens, pagaria apenas 14 euros.

O cabaz de alimentos essenciais monitorizado pela Deco já registou uma subida de, pelo menos, 35,28 euros (19,2%), destaca a CNN Portugal.

O arroz carolino, por exemplo, quase duplicou de preço, subindo de 1,14€ para 2,21€ em menos de um ano. A alface frisada também foi um dos produtos que mais aumentou, passando de 2,06€ para 3,42€ — um aumento de 66%. A completar o pódio está a polpa de tomate, que subiu de 0,89€ para 1,47€ — uma subida de 65%.

Se tivermos em conta as variações de preços na última semana, realça-se que o preço do cabaz de alimentos essenciais diminuiu 5,76 euros (-2,5%) para um total de 218,91 euros.

A guerra na Ucrânia, por si só, não explica estes aumentos. A pandemia, a seca, a limitação de oferta de matérias-primas e o aumentos dos custos de produção — nomeadamente da energia — têm influenciado a subida de preços.

Os fornecedores também se queixam de venderem o seu produto a um preço substancialmente mais barato do que aquele que é pedido aos clientes dos hipermercado. A ASAE já admitiu que pode haver conceitos de lucros ilegítimos.

ZAP //

6 Comments

  1. Seria interessante fazer uma análise ao que se está a passar com a comida para animais. Verifiquei que há produtos que aumentaram mais de 50%. Será que a guerra e a inflação explicam tudo?

  2. Deve haver algum engano no caso da bolacha maria…
    ao dia de hoje um pacote de bolachas maria custa 1,86 € (marca propria do continente, pingo doce ou intermarche).
    Antes da guerra o preço era de 0,99€ sem promoção.

    Para além de investigarem os preços deveriam investigar a cartelização dos preços na generalidade das grandes superficies.
    Muitos produtos mesmo de marca branca tem preços exatamente iguais em quase todas as grandes superficies…

  3. Os preços/inflação sobem devido às más políticas praticadas pelo Governo do Sr.º Primeiro-Ministro António Costa e a união europeia (ue).

  4. Não sei porque é que a hortaliça sobe tanto. É hortaliça produzida em Portugal. De que forma a guerra influêncía a produção de produtos nacionais? Só se gasta água para produzir e pouco mais….Os supermercados estão a ir na onda de explorar.

    • Se imaginasse quanto é que, por exemplo no caso da fruta, se gasta na conservação da mesma… Estamos a falar de câmaras de refrigeração enormes que podem implicar consumos mensais de mais de 100 mil euros de eletricidade! Fora o posterior gasto de combustíveis na distribuição do produto. Atendendo à enorme subida quer dos combustíveis, quer da eletricidade em 2022 dificilmente os preços deste bens na atualidade baixarão. Somente ocorrerá na produção deste ano, dado que entretanto quer combustíveis quer eletricidade reduziram muito consideravelmente.
      De salientar que a agricultura está atualmente quase toda mecanizada. E as máquinas agrícolas têm consumos enormes de combustível. Paralelamente, muita produção agrícola tem de ser conservada, com o recurso a refrigeração ou mesmo congelação (dependendo do tipo de produto quer inicial quer já transformado).

  5. Penso exactamente isso, a guerra agora é desculpa para tudo, é um aproveitamento descarado, devem pensar que comemos gelados com a testa.
    Mal a guerra começou subiram logo os produtos à base de cereais, quando os mesmos tinham sido comprados antes a preços “normais”
    Não é só o governo que tem “culpa”… Empresas privadas sobem 30% os produtos que vendem e não aumentam vencimentos há 4 anos.. Que pode fazer o governo com estes empresários gulosos???

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