Detetado sinal de uma das caixas negras do avião da EgyptAir

Etienne Laurent / EPA

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Uma equipa de investigadores confirmou esta quarta-feira que o sinal detetado pela marinha francesa no Mediterrâneo é proveniente de uma das duas caixas negras do voo Paris-Cairo da EgyptAir que se despenhou a 19 de maio.

“O sinal de um registo de voo pôde ser detetado pelos equipamentos da sociedade Alseamar que se encontram a bordo no navio da marinha nacional Laplace”, confirmou em comunicado Rémi Jouty, diretor do Gabinete de investigações e análises (BEA) da Aviação civil francesa.

Previamente, as autoridades egípcias tinham referido que um navio da marinha francesa tinha captado “sinais provavelmente provenientes” de uma das duas caixas negras do voo Paris-Cairo da EgyptAir que se despenhou com 66 pessoas a bordo.

O ministério da Aviação civil precisou em comunicado que será necessário aguardar uma semana antes da chegada de um outro navio com equipamento específico para trazer à superfície os dois registos de voo.

Apenas as análises dos registos de voo – as “caixas negras” – poderão desvendar as causas do acidente, que ainda permanecem desconhecidas.

“O equipamento de busca do Laplace, um navio da marinha francesa, captaram sinais provavelmente provenientes de uma das duas caixas negras do avião”, especificou o ministério egípcio.

O Laplace, que alcançou na terça-feira a zona de buscas, está equipado com três aparelhos submergíveis (DETECTOR-6000) da sociedade francesa Alseamar, com capacidade para detetar pings (eco sonar) das caixas negras até cinco mil metros de profundidade.

O navio da sociedade Deep Ocean Search (DOS), equipado com um robot que permite recuperar os registadores de voo a 3.000 metros, deve alcançar em 10 de junho a zona onde o avião provavelmente se despenhou.

A hipótese de atentado, inicialmente avançada pelas autoridades egípcias, está a ser agora preterida por um eventual problema técnico: os alertas automáticos foram emitidos pelo aparelho dois minutos antes da sua queda, assinalando fumo no ‘cockpit’ e uma falha no computador que gere os comandos.

O voo MS804 despenhou-se entre Creta e a costa norte do Egito após ter subitamente desaparecido dos ecrãs radar.

ZAP / Lusa

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