Destrói receção do hospital à martelada; a sua bebé nasceu morta

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Brasileiro ficou revoltado no hospital. Filmou tudo e fugiu. Mãe acusa equipa médica: medicação pode ter sido fatal.

Uma bebé nasceu morta nesta segunda-feira no Hospital Guararapes, no Grande Recife, Brasil. O pai ficou revoltado.

Victor Petrick, um jovem brasileiro, até já tinha voltado para casa depois da morte da bebé mas decidiu voltar ao hospital, quando viu o quarto preparado para a sua filha.

Queria explicações da parte do hospital, considerou que não as teve e partiu para a violência.

Pegou num martelo, entrou no hospital, aproximou-se de um dos balcões de receção e começou a partir computadores e uma porta de vidro. O ataque durou segundos.

Victor filmou tudo, publicou nas redes sociais e fugiu logo a seguir. Aliás, o início da sua fuga ainda foi filmado.

“Estou a fazer o meu protesto sozinho. Queria só uma explicação, só uma!“, disse o jovem para a câmara do telemóvel, antes de avançar para o ataque.

“Mataram a minha filha! Mataram a minha filha!”, repetiu, já dentro do hospital.

Mais tarde, desabafou: “Coloquem-se no meu lugar. Eu trabalhei 9 meses à espera da minha filha. Planeei várias coisas. Ao voltar do hospital, vi as coisinhas dela no quarto. Aquela cena mexeu ainda mais com o meu psicológico. Voltei ao hospital e parti tudo”, disse Victor Petrick, citado na CNN.

Victor e a esposa Isabelle Silva Araújo acusam o hospital de negligência médica durante o trabalho de parto.

Isabelle revela que já tinha ido ao hospital na véspera, domingo – a gravidez já ia em 41 semanas. “Eu não estava a sentir nada. Eu não estava com dilatação, não estava com contrações, as águas não rebentaram e já tinha passado a data prevista para o parto”.

Conta ainda que recebeu medicação para estimular o trabalho de parto – mas a dor “piorou muito” depois da medicação. “Pedi para fazer cesariana e disseram-me que eu estava a entrar em trabalho de parto e eu tinha que aguentar.”

Chegou ao hospital às 19h45. Às 23h30, a equipa médica relatou que não estava a ouvir os batimentos cardíacos do bebé – mas não confirmou o óbito.

A mãe foi transferida para outro hospital. Já na madrugada da segunda-feira, chegou a notícia: Lara nasceu sem vida.

“Eu fiquei sem chão. Depois da ultrassom, levaram-me para a sala de parto e quando minha filha saiu de dentro de mim já saiu sem vida”, lamentou a jovem brasileira.

As acusações são focadas na medicação: “Os medicamentos que me deram foram muito fortes e minha filha não resistiu”.

O Hospital Guararapes indica que o caso terá a sua devida importância quanto aos esclarecimentos e as devidas responsabilidades, e reforçou que não compactua com atos de violência e agressão.

A Polícia Civil de Pernambuco está a fazer uma dupla investigação: a possível negligência médica e a reação do pai.

ZAP //

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