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Despesas formiga, subscrições… 10 formas simples de se proteger da inflação em 2025

A incerteza económica vai abalar a instabilidade financeira dos portugueses. Mas há formas de a atenuar — de cortes cirúrgicos em algumas despesas até à venda de coisas que já não usa.

A inflação na zona Euro está abaixo do objetivo de 2%. No entanto, isso significa apenas que os preços continuam a subir, mas a um ritmo mais lento do que nos meses anteriores — e que a era das taxas de juro elevadas está a chegar ao fim.

Assim, o poder de compra está a diminuir, e é aconselhável que pondere já entre poupar, investir, ou ambos.

Para nos ajudar a atenuar os efeitos da inflação, o Business Insider, dá-nos 10 conselhos

1. Investir

Os depósitos a prazo continuam a ter ofertas atrativas e, neste momento, os níveis de rentabilidade são superiores à taxa de inflação. Existem também produtos mais simples, como as contas remuneradas, que são muito competitivos.

A vantagem de investir desta maneira é que há poucos riscos. No caso, por exemplo, dos certificados de aforro, também muito procurados pelos portugueses, o facto de terem montantes mínimos de subscrição reduzidos torna-os muito populares.

Se tem poupanças que já ultrapassam largamente o mínimo recomendado para um fundo de emergência, talvez seja altura de consultar um consultor financeiro para compensar o efeito da inflação, investindo algumas das suas poupanças noutra escala.

2. Truques simples no supermercado

Um dos bens de consumo que se tornaram mais caros é a própria alimentação. Eis alguns truques para reduzir esta categoria de despesa mensal.

Planear as compras é essencial, e pode beneficiar se perder algum tempo a definir um orçamento alimentar, seja mensal, semanal ou diário. Deve planear as suas refeições e comprar logo aquilo que está a pensar gastar, para organizar melhor as suas poupanças.

Comparar preços também pode ser útil. Existem vários sites de comparação de preços de supermercados na Internet. O BI deixa outra dica: cuidado com os produtos rotulados como “light”, “artesanal”, “caseiro”… tendem a ser mais caros. Tenha ainda em atenção os produtos prontos a consumir.

Outra sugestão é evitar os “corredores interiores” dos supermercados: segundo o BI, tendem a conter produtos mais dispensáveis, sendo que as coisas mais essenciais, como pão, leite ou ovos, estão muitas vezes na zona mais exterior.

E, atenção: vá sempre às compras sem fome e sem crianças, quando conseguir. Este dois fatores fazem com que tome decisões mais precipitadas. No fim, verifique sempre o recibo: esteja atento aos descontos e aos artigos duplicados.

3. Cortar nas “despesas formiga”

Dispensar produtos não essenciais, como os que se vendem junto às caixas, também é um esforço que compensa fazer.

Despesas “formiga” como cigarros, tomar café fora de casa ou até chicletes também são, a longo prazo, um peso pesado na sua carteira.

Até mesmo comprar uma garrafa de água porque se esqueceu do cantil em casa pode ter interferência na sua carteira, se o fizer todos os dias.

4. Usar transportes públicos

A gasolina também tem sido um dos combustíveis da inflação. Se tem controlado as suas despesas, é provável que a veja no seu orçamento.

Parece evidente, mas, para além dos transportes como o metro ou autocarro, cujos passes mensais não ultrapassam, regra geral, os 40€/ mês nos centros urbanos, pode também pensar em partilhar viagens com colegas de trabalho.

5. Cancelar subscrições que não utiliza

Mesmo que lhe custe muito pouco dinheiro — 5 euros, por exemplo — pode utilizar esse montante para começar a desenvolver o hábito da pré-poupança.

Ginásios, plataformas de streaming ou até coisas que já nem se lembra que subscreveu e que renovam automaticamente: está a fazer boas escolhas?

No que toca às plataformas de streaming, uma dica é partilhar a subscrição com outras pessoas: pode, por exemplo, pagar uma plataforma e partilhar essa subscrição com alguém, que partilha outra plataforma consigo.

6. Rever condições de serviços

Os seguros que fez são mesmo os mais rentáveis? O melhor é sempre ir-se atualizando nessa matéria, para perceber se os preços sobem ou se consegue obter uma oferta mais competitiva.

O mesmo acontece, por exemplo, para despesas quotidianas como os planos de eletricidade ou as operadoras telefónicas.

7. Descontos, saldos, cartões de cliente

Ainda que possam ser muito vantajosos, há que ter cuidado com os descontos sazonais.

Como explica o blogue Aire, é preciso ser prudente e ter em conta que certos produtos são pouco utilizados em casa e podem durar meses. Nestes casos, tenha cuidado ao comprar produtos em grandes quantidades, pois pode acabar por ficar com uma boa quantia de dinheiro empatado.

Ainda assim, se se mantiver informado, nesta época festiva existem várias promoções para fidelizar clientes nos mais variados serviços. Se realmente precisar do serviço, aproveite a época natalícia para procurar saldos e fazer cartões de fidelização.

8. Vender roupa em segunda-mão

Os jogos que os seus pais guardam na arrecadação de quando era criança podem valer uma fortuna. Telemóveis antigos, livros de edição limitada, moedas com rostos de pessoas famosas da história podem ajudá-lo a gerar um rendimento extra, lembra o BI.

Também as roupas que já não usa lhe podem valer alguma quantia. Em sites como a Vinted, pode utilizar o dinheiro que recebe de uma peça que já não usa para ficar com crédito para comprar na app, uma espécie de “carteira” dentro da própria aplicação. Comprar roupa em segunda mão é bastante vantajoso para a carteira, e até para o seu armário.

9. Compre as férias com antecedência

Muitos portugueses tiram férias em agosto, época alta em que tudo encarece. Se conseguir, opte por tirar férias em época baixa — a diferença de preços de voos e hotéis é abismal.

Se, no entanto, só tiver oportunidade de fazer férias em época alta, pode já começar a prepará-las. Mesmo que não consiga comprar já tudo, ficará com uma ideia das despesas que terá de ter.

Antecipar as despesas das próximas férias pode ajudá-lo não só a comprar ou a reservar a preços mais baixos, mas também a utilizar métodos de poupança regulares ou a recorrer a contas de alto rendimento para tirar maior partido das suas poupanças de férias.

10. Preparar-se para uma crise

Mesmo que o seu rendimento se mantenha estável e não tenha medo de perder o emprego em 2025, a perda de poder de compra é inevitável, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Para contrariar esta “queda temporária dos rendimentos”, pode ajustar o seu orçamento como se já estivesse a atravessar um período de crise. Reduza as despesas de lazer ou sazonais, aumente a sua capacidade de poupança ou de reação e, se possível, encontre novas fontes de rendimento.

ZAP //

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