Os operadores do Porto de Lisboa vão avançar com um despedimento coletivo por redução da atividade, depois do Sindicato dos Estivadores ter recusado, na sexta-feira, uma nova proposta para um novo contrato coletivo de trabalho.
“Chegamos ao limite. Há mais de um mês que o Porto de Lisboa está completamente parado. Vamos avançar para um despedimento coletivo, porque temos que redimensionar por não termos trabalho”, afirmou José Morais Rocha, presidente da Associação de Operadores do Porto de Lisboa (AOPL).
Em declarações à Lusa, Morais Rocha explicou que os operadores do Porto de Lisboa avançaram esta segunda-feira com os trâmites para um despedimento coletivo, que é fácil de fundamentar, tendo em conta que “o Porto de Lisboa está completamente parado“.
Atualização: Retirada de contentores no Porto de Lisboa acompanhada por agentes da PSP
O responsável da Liscont recusou adiantar quantos dos 320 estivadores serão abrangidos pelo despedimento coletivo, adiantando que a análise terá que ser feita “secção a secção”.
A decisão do recurso ao despedimento coletivo foi tomada depois de, na sexta-feira, o Sindicato dos Estivadores, em greve ao trabalho suplementar desde 20 de abril, ter recusado a proposta de acordo de paz social e para a celebração de um novo contrato coletivo de trabalho para o trabalho portuário no porto de Lisboa.
“Foi um ponto final”, declarou o administrador da Liscont, referindo que os pontos em que ainda não foi possível chegar a um acordo estão previstos na lei e vigoram nos outros 14 portos.
Na proposta, a que a Lusa teve acesso, a AOPL comprometia-se a “encontrar uma solução relativamente ao futuro da empresa de trabalho portuário Porlis”, cuja extinção era uma das reivindicações dos sindicatos.
Em contrapartida, o Sindicato dos Estivadores ficava obrigado a desconvocar de imediato as greves declaradas e a concluir um novo contrato coletivo de trabalho no prazo máximo de 15 dias.
Carlos Caldas Simões, representante da AOP – Associação Marítima e Portuária, realçou que “os armadores estão a perder 300 mil euros por dia” e que as sucessivas greves e mais de 100 pré-avisos de greve causaram “danos irreversíveis”.
“Já perdemos mais de 50% das cargas. Levaria meses ou até anos a retomar”, acrescentou.
Os operadores prometem também resolver o problema de “milhares” de contentores por descarregar no Porto de Lisboa, recusando-se a adiantar qual será a solução.
A última fase de sucessivos períodos de greve, que se iniciou há três anos e meio, arrancou a 20 de abril com os estivadores do Porto de Lisboa em greve a todo o trabalho suplementar em qualquer navio ou terminal, isto é, recusam trabalhar além do turno, aos fins de semana e dias feriados.
De acordo com o último pré-aviso, a greve vai prolongar-se até 16 de junho.
A Lusa tentou sem sucesso contactar o sindicato dos estivadores.
ZAP / Lusa
Não querem trabalhar vão para casa e deixem trabalhar quem quer e precisa… Sou doa Açores e estou à espera de carga que está à semanas no porto de Lisboa… Isto é uma vergonha… tantos “cérebros” a ganhar milhares e ninguém resolve isto… assim certamente Portugal irá progredir…
Num país com tradição democrática, tipo Holanda, já estavam a trabalhar há muito ou nas filas do instituto de emprego. Num país sem tradição democrática, tipo China, já tinham malhado com os ossos na cadeia.
Mais tarde ou mais cedo era inevitável. Quando se estica muito a corda o feitiço acaba por se virar contra o feiticeiro
Despeçam-nos todos, sobretudo os sindicalistas, que são responsáveis por esta situação vergonhosa. Deixem trabalhar os jovens, que não têm emprego e querem trabalhar.
Finalmente. Estes “trabalhadores” que nunca trabalham tem criado problemas graves durante os ultimos 4 anos. Num outro país não é permitido fazer greve quando serviços essenciais são interompidos. As leis tem que ser alterados para que estes idiotas não repetem o mesmo em outros sectores. Tambem sejamos francos o direito a greve já não é destes tempos. Quem não quer trabalhar vai se embora !
Isto só é possível no terceiro mundo. Em nenhum país civilizado se aceita uma paragem de um mês com enorme transtorno para toda a atividade económica! Isto é ridículo!
Cambada de malandros…
Depois, quando estiverem sem emprego, vão agradecer aos sindicatos pela situação em que os meteram!
Com trabalhadores destes, como pode um país avançar?
Tanta ignorância!…
Eles estavam a fazer greve APENAS ao trabalho suplementar (horas extras, feriados, etc), e, pelos vistos, nem sequer são bem pagos!
Os patrões tem-lhe estado a dar corda para os enforcarem. E eles não perceberam isso…
Quem os matou foram os sindicatos. Já o tinham feito nos estaleiros de Viana do Castelo e em muitas outras empresas onde os sindicatos assumem posições sem qualquer interesse em dialogar. Felizmente não entraram, nem entram na AUTOEUROPA. Aqui mandam-nos para o cara*** porque não são parvos.
Ainda a procissão vai no adro, e vai certamente dar pano para mangas.
Vejamos:
1 – O despedimento colectivo tem por justificação a falta de trabalho. Mas, se os colaboradores aceitassem assinar novo contrato de trabalho, pelos visto já há trabalho para todos eles.
2 – A greve é ao trabalho suplementar. Se houvesse pessoal excedentário, certamente não seria necessário efectuar trabalho suplementar.
3 – No entanto, a greve ao trabalho suplementar, está a causar prejuízos de 300.000 euros /dia, com armadores a perderem 50% das cargas (onde está a falta de trabalho para o pessoal?)
4 – Com tanto prejuízo causado pela greve de pessoal supostamente excedentário, coloca-se a questão: mas estes trabalhadores, afinal são ou não são necessários?
A mim cheira-me num despedimento colectivo em jeito de vingança.
O país não pode estar refém de estivadores, nem de quaisquer malfeitores que queiram arruinar o nosso país. Ou essa gente aprende de vez ou que emigrem para a Coreia do Norte, que também é comunista e é um bom exemplo dessa ideologia.
Todos para a rua e trabalho para quem queira de facto trabalhar, não queremos isto transformado numa Venezuela!
Faz lembrar a Sorefame. tanto barulho greves e plenários e no final deixou de existir.
o que vale é que os dirigentes do sindicato já têm a reforma garantida, mas se continuarem não vai haver empresa que lhes pague a dita.