“Grande dia” de desordem no Reino Unido: de quem é a culpa? Há uma suspeita

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Peter Powell / EPA

A polícia britânica está preparada para “um grande dia” de desordem devido a vários protestos que estão previstos para esta quarta-feira. A violência entre grupos xenófobos, antifascistas e muçulmanos lançou o país num verdadeiro cenário de guerra.

A polícia está preparada para, pelo menos, 30 ajuntamentos protestos previstos para esta quarta-feira, segundo adianta a Sky News, notando que se temem ataques a alguns escritórios de advogados.

Os motins violentos iniciaram-se há uma semana em várias cidades do Reino Unido, após o assassinato de três meninas, entre as quais uma portuguesa, atacadas com uma faca, em Southport, Inglaterra.

O autor do ataque foi um jovem de 17 anos nascido no Reino Unido, mas filho de imigrantes do Ruanda.

As alegações falsas nas redes sociais que diziam que era um requerente de asilo que tinha chegado de barco ao país, despoletaram um protesto em frente a uma mesquita em Southport.

Assim começaram os desacatos que alastraram a várias cidades, incluindo Londres, Liverpool, Sunderland, Hull, Bristol, e até a Belfast na Irlanda do Norte.

Dedo da Rússia nos motins?

Os protestos contra os imigrantes, os muçulmanos e os estrangeiros em geral estarão a ser realizados por “ultradireitistas racistas”, mas o Governo britânico acredita que pode haver dedo da Rússia no processo.

Muitos dos grupos violentos que têm participado nos motins organizam-se através das redes sociais, como o X e o Tik Tok.

O Governo suspeita que a Rússia possa estar a acicatar os ânimos com mensagens falsas nas redes sociais, como adianta ainda a Sky News.

A ministra da Justiça britânica, Heidi Alexander, já acusou as empresas proprietárias de redes sociais, salientando que “poderiam e deveriam fazer mais” para evitar a disseminação de conteúdos falsos.

“Têm a responsabilidade moral de não propagar, nem difundir conteúdo enganoso e incendiário nas suas plataformas”, apontou ainda.

Estas declarações surgiram depois de Elon Musk ter escrito no X que “a guerra civil é inevitável”, algo que a ministra definiu como “profundamente irresponsável”.

Musk tem estado particularmente opinativo quanto ao que se está a passar no Reino Unido, e tem divulgado na sua rede social, o X, vários conteúdos sobre os motins, mesmo sem ter a certeza se são verdadeiros. O proprietário do X questiona em vários deles se aquilo é “verdade”.

Reino Unido parece “zona de guerra”

Os grupos violentos que se têm manifestado nas ruas “reduziram o Reino Unido a uma zona de conflito“, já acusou o director executivo do Conselho Escocês para os Refugiados.

As pessoas questionam-se se será seguro ir trabalhar e há quem tenha medo de sair de casa para ir às compras. Alguns comerciantes imigrantes sentem-se obrigados a defender os seus negócios com paus depois da tentativa de incendiar o supermercado de um imigrante.

ataques a casas de imigrantes e carros queimados.

Há dias, várias pessoas invadiram um hotel que acolhe refugiados, incluindo crianças, em Rotherham, no condado inglês de South Yorkshire. Partiram janelas e iniciaram incêndios, e mais de 50 polícias ficaram feridos.

Os protestos de grupos de extrema direita levaram a contra-manifestações que terminaram também em confrontos.

Vídeos nas redes sociais também mostram o que parecem ser gangues de jovens muçulmanos, empunhando a bandeira da Palestina e de rostos tapados, a atacarem carros, ou a ameaçarem uma jornalista da Sky News que estava a fazer um directo.

Os motins já causaram dezenas de feridos, incluindo polícias, e mais de 400 detidos, entre os quais adolescentes. E a situação parece não ter um fim à vista.

“Envenenamento do discurso público”

Trabalhistas e conservadores estão unidos nas críticas aos tumultos. A ex-ministra do Governo conservador de David Cameron, Sayeeda Warsi, neta de imigrantes paquistaneses, já criticou o que chama de “envenenamento do discurso público sobre os muçulmanos, os imigrantes e os refugiados”.

“Alguns políticos, os meios de comunicação e alguns centros de estudos têm seguido uma agenda anti-muçulmana” e “criaram o clima que agora vemos nas nossas cidades”, acusou ainda Warsi, considerando que “são tão culpados como os bandidos da rua“.

Homem de 28 anos condenado por publicação online

Entretanto, já começaram os julgamentos de alguns dos detidos, com acusações de crimes como desordem violenta, posse de arma ofensiva, danos patrimoniais e agressões a trabalhador de emergência.

A Sky News reporta que foram criados lugares adicionais nas prisões britânicas para os acolher caso sejam condenados.

Um homem de Leeds, de 28 anos, que publicou mensagens no Facebook a defender um ataque a um hotel de refugiados na cidade, foi condenado por incitamento ao ódio racial, mesmo que não tenha chegado a pôr os pés no local.

“É a primeira condenação por publicações online relacionadas com os tumultos”, salienta ainda a Sky News.

Musk já criticou a condenação, com várias publicações sobre o assunto. “Isto é a Grã-Bretanha ou a União Soviética?”, questionou no X.

Susana Valente, ZAP //

13 Comments

  1. Boa tarde a todos,
    Só um comentário , não me digam que não estavam à espera !!! Quando importas o lixo, tornas-te o lixo…
    A culpa é da Rússia … a sério ?
    Isto é o prenuncio do que se vai passar no resto da Europa, os fofinho começam a fartar-se !!!
    Cumprimentos,

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  2. Já que os governantes da Europa não protegem as suas nações desta loucura migratória (antes a estimulam!), era que de esperar que o povo tomasse o assunto nas suas mãos. Que a vontade do povo prevaleça!

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  3. Deixrm-se de tretas! Já todos sabem que o assassino não era muçulmano, mas, há sempre um mas, está não é a primeira vez que isto acontece na Grã-Bretanha! Vou muitas vezes à Inglaterra e há anos que ouço sobre ataques deste tipo recendi avisos sobre cuidados a ter. Os muçulmanos ali agem como se a terra fosse deles, criam “no go zones”, atacam mulheres que se vistam de forma mais a-vontade como as que usam mini-saias ou aqueles tops que deixam o peito mais livre! Aliás são censuradas livremente, isso dura há anos, e incide sobre britânicas nativas e cristãs! Mais, ultimamente, essas pessoas têm exigido criar tribunais da Sharia, atropelando as leis e tradições do país de acolhimento, e outros começaram a criar a ideia que é possível impor ali um califado (aliás, o mesmo tem sido feito na Alemanha, Dinamarca e na Suécia. Imagine-se). A imprensa tem calado muitas destas situações o causa ainda mais revolta da população nacional nativa.

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  4. iEste tipo de cenário vai se alastrar a outros países da Europa so mordomia para estes migrantes todo podem e tudo vale, força aos ingleses

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  5. Pois! Não era muçulmano mas era filho de imigrantes do Ruanda. Agora os “progressistas” e “democratas” dizem que foi a causa destes desacatos. Dizem também que os revoltosos são de extrema direita e de direita radical. Já nem fascistas lhes chamam porque seria o termo já muito benevolente. O que acontece lá, há de acontecer no resto da Europa. Eu também estou disponível para ir para a rua defender a minha terra e a minha nação. Destes “vende pátrias” que nos têm desgovernados e outras coisas não escrevo.

  6. Temos de ser inclusivos. Ter paciência, ser tolerante e, lentamente, vamo-nos habituando e vivendo…
    Já falta pouco… estaremos em minoria e todos viveremos em Paz e Amor.
    E a Agenda 2030 vai salvar os países europeus.

  7. Se não fossem os imigrantes a Europa estava totalmente parada. Essa é que é a realidade. Setores como indústria, construção, turismo, serviços de apoio à terceira idade, … não tinham mão de obra

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  8. Por que é que se chama xenofobia se não gostam que imigrados acolhidos matam crianças? E o que raio os antifascistas querem fazer lá? O que é fascismo hoje em dia? Alemanha outra vez quer matar os judeus? Ou simplesmente são os jovens ativistas recrutados, pagos e organizados pelo grande manipulador George Soros que está muito interessado em quebrar o conformismo da Velha Europa, porque se há maior calamidade na Europa, sempre há mais lucro?
    Basta ver as notícias de França, Noruega, Áustria, Suécia etc, quantos jovens são mortos com armas brancas, por exemplo, pelos gangues sem raízes culturais, ou quantas meninas são batidas ou até mortas quando tentam terminar uma relação amorosa com um imigrante proveniente de um pais onde as mulheres valem menos de uma cabra.

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  9. É verdade, Europa sem imigrantes estaria parada. Mas então por que é que os governos europeus não investem na natalidade? Por que é que a maioria dos líderes europeus são pessoas sem família, sem crianças? Há países exemplares onde as mães recebem 3 anos de subsídio, 90% do valor do salário médio do último ano, para ficarem em casa com a criança após o parto. Em Portugal, só se paga 3 meses. Depois ninguém planeia e controla o número dos alunos para cada curso e formação. Num ano formamos 1000000 dentistas, noutro ano 100000 treinador de esqui só porque está na moda e todos querem ir fazer aquele curso e os papás pagam. Depois, afinal, nem havia mercado para essa gente toda, e terão de emigrar. Outra vez somos menos.

  10. @Jose Não era muçulmano, mas africano, com pais originários do Ruanda. Lá por ter nascido no RU não faz dele um inglês de gema. Há uma coisa chamada genética, por muito que queiram tapar o sol com a peneira. Negam a existência das raças humanas, mas o que é certo é que se assim for o “rei vai nu”, quer eles queiram quer não. Entretanto, os loirinhos continuam a fazer turismo pelas nossas terras, como se nada fosse, enquanto a migrantada lhes vai ocupando os países, sem oposição nenhuma de quem os vai desgovernando. Há que obedecer aos “eleitos” do costume. O povo cala-se e continua a brincar com os xphones e outros infantilismos do sistema. Quando derem por ela, já estarão todos cozidos.

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