Trabalhadores portugueses são os que estão mais perto de esgotamento, na Europa. Psicóloga deixa sete dicas.
O esgotamento relacionado com o trabalho, ou na expressão inglesa burnout, afecta muitos trabalhadores em Portugal.
De acordo com um estudo da Small Business Prices, publicado no ano passado, os portugueses são mesmo os que passam mais por burnout, na Europa.
A análise britânica mostra que, em Portugal, o índice de felicidade (5.7) é um dos mais baixos, o salário anual médio (22.373 mil euros) é um dos mais baixos, mas o tempo médio gasto no emprego (39 horas e meia) é um dos mais altos na Europa.
Para chegar aos níveis da Dinamarca – que é o país com menor risco de burnout – é preciso “desligar”. E as férias são boa altura para isso.
A psicóloga Catarina Lucas deixa sete dicas para que essa intenção de se desligar não se fique apenas pela intenção.
A primeira dica é delegar, no trabalho. Ou seja, deixar o trabalho adiantado antes das férias, sim – mas o que não der, deve entregar-se a alguém.
Telemóveis, computadores? Longe. Até é melhor escondê-los.
Outro passo é avisar colegas e clientes de que vai estar de férias e deixar o nome e contacto de quem estará no seu lugar, caso queira contactar a empresa. Não é suposto ser contactado por causa do trabalho, durante as férias.
No entanto, se tiver um cargo que não permita esquecer a 100 por cento o e-mail, defina a que horas vai consultar, diariamente. E, sobretudo, quanto tempo vai gastar nessa actualização (mais de 15 minutos por dia é quase proibido).
O último dia de trabalho, antes das férias, deve servir para colocar todo o trabalho em dia. Por isso, prepare já para esse dia aquele e-mail automático que indica: “Estou de férias”.
Se está de férias, supostamente a rotina será outra. O ideal durante esta paragem é mudar o dia-a-dia: fazer coisas diferentes, parar, equilibrar, desligar.
A última indicação é, no meio dessa rotina diferente, aproveitar para estar sozinho. Faça algo por si: “Por muito que gostemos daqueles que connosco gozam férias, 24 horas por dia durante vários dias, em total convivência, pode ser desgastante”.