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Desemprego diminuiu, mas ainda não recuperou do impacto da pandemia

Paulo Novais / Lusa

Fevereiro de 2022 registou o número mais baixo de inscritos nos centros de emprego desde o início da pandemia, em março de 2020.

De acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), 160 concelhos do país ainda lutam para colocar o desemprego registado em níveis pré-covid.

O mês de fevereiro fechou com um total de 344.264 desempregados inscritos, o número mais baixo desde que a economia e o mercado de trabalho sofreram o impacto da pandemia de covid-19, em março de 2020.

Embora pareça que o pior já passou, a evolução do desemprego registada por concelho mostra que o número de desempregados inscritos nos serviços públicos de emprego ainda se encontra acima do registado antes da pandemia, em 58% do território, de acordo com o Expresso.

Em fevereiro de 2020, o último sem a pandemia de covid-19, registaram-se 315.562 desempregados, segundo os dados do IEFP, em comparação a fevereiro deste ano, com 344.264 desempregados inscritos.

Quando em março os primeiros casos começaram a ser contabilizados e o Governo impôs o primeiro confinamento geral para travar a evolução da pandemia em território nacional, o número de inscritos nos centros de emprego nacionais logo disparou.

Em maio de 2020, o país já tinha ultrapassado os 400 mil desempregados registados, de acordo com o IEFP.

Com os números do mês passado, o país regressa a níveis em linha com o primeiro mês da pandemia, mas ainda acima do cenário pré-pandémico, fevereiro de 2020.

O desemprego registado em fevereiro deste ano representa uma diminuição de 3,3%, ou seja, com menos 11.604 desempregados inscritos do que no mês anterior, janeiro.

Apresenta também uma redução homóloga (face a fevereiro de 2021) de 87.579 (-20,3%) desempregados.

Já em fevereiro de 2020, o cenário inverte-se: o país ainda contabiliza mais 28.702 (9,1%) desempregados inscritos nos centros de emprego.

A análise realizada pelo Expresso à evolução do desemprego nos vários concelhos durante a pandemia de covid-19 — realizada com base nos indicadores fornecidos mensalmente pelo IEFP, mas que não fornecem dados desagregados para as regiões autónomas — mostra que há ainda caminho a percorrer até à recuperação.

Em comparação com fevereiro de 2020, último mês sem efeitos da pandemia, 160 concelhos, ou seja, 57,6% dos 278 que compõem o continente, ainda registam um número de desempregados inscritos superior ao pré-pandemia.

ZAP //

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