Desemprego aumenta em agosto pela primeira vez desde fevereiro de 2016

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Paulo Novais / Lusa

Pela primeira vez desde fevereiro de 2016, a taxa de desemprego em Portugal aumentou. As estimativas provisórias apontam para que a taxa de desemprego se tenha fixado em 6,6% em setembro.

A taxa de desemprego subiu pela primeira vez desde fevereiro de 2016 para 6,9% em agosto, divulgou esta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE), que reviu assim em alta a estimativa provisória divulgada há um mês.

“Em agosto de 2018, a taxa de desemprego situou-se em 6,9%, mais 0,1 pontos percentuais que no mês anterior, menos 0,1 pontos percentuais em relação a três meses antes e menos 1,8 pontos percentuais que no mesmo mês de 2017”, refere. A taxa de desemprego apurada para agosto pelo INE corresponde a uma revisão em alta, de 0,1 pontos percentuais, da estimativa provisória divulgada há um mês.

É a primeira vez, desde fevereiro de 2016, que se observa um aumento mensal da taxa de desemprego, sinaliza o instituto. Em agosto de 2018, a população desempregada foi estimada em 358,6 mil pessoas, tendo aumentado 2,4% (8,4 mil) em relação a julho de 2018 e diminuído 1,3% (4,7 mil) em comparação com maio de 2018 e 20,5% (92,3 mil) em relação a agosto de 2017.

Este valor representa uma revisão em alta, de 1,7% (6,1 mil), da estimativa provisória. As taxas de desemprego dos jovens e dos adultos no mesmo mês avançaram para 20,3% (dos 19,7% apurados em julho) e 5,9% (dos 5,8% do mês precedente).

Para setembro, o INE faz uma estimativa provisória da taxa de desemprego de 6,6%, o que representa uma diminuição de 0,3 pontos percentuais em relação ao mês anterior e 1,9 pontos percentuais em comparação com setembro de 2017.

Em setembro de 2018, a população desempregada – cuja estimativa provisória foi de 340,4 mil pessoas – diminuiu 5,1% (18,2 mil) em relação ao mês anterior (agosto de 2018), 3,4% (11,8 mil) em relação a três meses antes (junho de 2018) e 22,7% (100,1 mil) em comparação com o mês homólogo.

As taxas de desemprego dos jovens e dos adultos foram estimadas em 19,6% e 5,6%, respetivamente, com ambas diminuíram em relação ao mês precedente (0,7 pontos percentuais e 0,3 pontos percentuais, respetivamente), de acordo com as estimativas provisórias do INE.

// Lusa

3 Comments

    • Talvez ainda não. As operações de maquilhagem (entenda-se ações de formação e afins…) vão começar a bombar. O importante é manter o circo e a aparência, ainda que não passe de aparência!
      Quem vier no fim que pague a fatura e feche a porta…

      • E olhe que a fatura vai ser bem grande. Estes anormais em vez de aproveitar a atual conjuntura favorável para reduzir a carga fiscal e manter ou mesmo reduzir as despesas, decidiram aumentar a receita fiscal e as despesas correntes. Quando a conjuntura se for vão-se as receitas fiscais e ficará a despesa ainda por cima acrescida das obrigações decorrentes do aumento de desemprego. Enfim, uma patetice completa.

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