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Descobertos fósseis de um dos primeiros ancestrais do homem

Fósseis do que poderá ser o mais ancestral mamífero europeu, de quem descendemos, foram descobertos no sul da Inglaterra. Amostras de rochas de penhascos da Costa Jurássica tinham dentes com 145 milhões de anos.

Nos penhascos de Dorset, numa região conhecida como Costa Jurássica, cientistas identificaram dentes com mais de 145 milhões de anos. “Estavam muito desgastados, o que significa que atingiram uma idade avançada para a sua espécie”, explica o cientista Steve Sweetman, paleontologista da Universidade de Portsmouth.

Os mamíferos ancestrais eram muito pequenos e peludos e pensa-se que eram notívagos. Segundo os investigadores, ambas as espécies são mamíferos do Cretáceo Inferior e as suas estruturas eram semelhantes às de um rato. Os dentes complexos apresentavam especializações únicas, nunca antes vistas.

Os fósseis foram encontrados por Grant Smith, um estudante universitário, enquanto analisava amostras de rochas do período Cretáceo que recolheu para o seu trabalho final de curso. Para seu espanto, encontrou um tipo de dente nunca antes visto.

Estão sempre a surgir novos segredos na Costa Jurássica e acredito que continuarão a ser feitas descobertas parecidas aqui no nosso quintal”, diz Dave Martill, professor de paleobiologia da Universidade de Portsmouth, que supervisionou o projeto.

Uma das novas espécies foi batizada como Durlstotherium newmani, em homenagem a Charlie Newman, colecionador de fósseis e dono de um bar próximo do sítio onde os dentes foram encontrados. A segunda foi chamada de Dulstodon ensomi, graças a Paul Ensom, um paleontólogo local. A descoberta foi publicada na Acta Palaeontologica Polonica.

No entanto, estes fósseis podem ou não ser os exemplares mais antigos de um mamífero eutheriano. Em 2011, um grupo de investigadores chineses descobriu na formação de rochas jurássicas de Tiaojishan um fóssil que dizem ser o exemplar de eutheriano mais antigo de que há conhecimento.

O fóssil pertence à espécie juramaia, e tem 160 milhões de anos. Contudo, esta afirmação é questionada, enquanto que a descoberta de Sweetman e da restante equipa não é.

ZAP // BBC

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