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Descoberto artefacto em ouro que identifica o “Titanic” do século XIX

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O navio a vapor Pulaski, conhecido como o “Titanic do seu tempo”, naufragou em 1838, após uma explosão. Afundou em menos de uma hora, arrastando consigo cerca de um terço da tripulação. Um grupo de mergulhadores descobriu agora novos tesouros em ouro da embarcação. 

A expedição navegava junto à costa da Carolina do Norte, rumo a Baltimore, EUA, no dia 14 de junho de 1838. Uma explosão nas caldeiras matou inúmeros passageiros e causou danos colossais ao navio.

Em janeiro deste ano, e de acordo com o The Charlotte Observer, um grupo de mergulhadores encontrou finalmente os destroços do navio, descobrindo inúmeros novos tesouros, entre os quais, um relógio de bolso em ouro, que terá parado poucos minutos depois de se ter dado a explosão.

O “Titanic do seu tempo”, foi expressivo não só pelo número de mortos que causou, mas também pelos passageiros que levava. Entre a tripulação do navio de luxo, estavam incluídos passageiros ricos como o antigo congressista de Nova Iorque, William Rochester e o importante banqueiro e empresário de Savannah, Gazaway Bugg Lamar, um dos homens mais ricos da região.

À luz da época, a tragédia que assolou a embarcação de luxo ficou conhecida na Carolina do Norte como “a mais dolorosa catástrofe que alguma vez ocorreu na costa americana”.

Mergulhadores da Blue Water Ventures International e do Endurance Exploration Group – que detêm os direitos sobre o local – localizaram agora vários artefactos que sustentam que os vestígios encontrados pertencem, na verdade, ao Pulaski.

Os mergulhadores ainda não conseguiram encontrar o sino cinzelado da nave – o objeto principal utilizado para autentificar um naufrágio – mas, conseguiram encontrar alguns artefactos gravados com o nome do navio bem como, algumas moedas produzidas antes de 1838.

As 150 moedas de ouro e prata até agora descobertas valem, nos dias de hoje, centenas de milhares de dólares. Nos vestígios, foram também encontrados talheres, chaves, dedais e a âncora do navio.

No entanto, na mais recente expedição, os mergulhadores encontraram um relógio em ouro que acreditam ser a derradeira evidência de que o navio naufragado é mesmo o Pulaski. Os ponteiros do relógio de bolso em ouro maciço – peça que só os homens mais ricos podiam comprar – estão parados exatamente às 11h05, cinco minutos apenas após o momento em que a caldeira terá explodido.

Ficamos chocados“, afirmou Max Spiegel, do Grupo Certified Collectables, que está a cuidar da preservação dos artefactos do Pulaski.

“É muito incomum ver um artefacto com este tipo de impressão de um momento histórico, quando um navio afundou. Pensemos sobre quão frágeis são os ponteiros de um relógio, mas como sobreviveram nesta posição exata. É das descobertas mais emocionantes que já encontrámos e já fizemos meia dúzia de naufrágios”, disse.

A exploração dos restos do navio afundado poderá ajudar-nos a melhor compreender a história. Aliás, estas descobertas já mudaram um pouco o que sabíamos sobre o Pulaski: o naufrágio foi descoberto a 40 milhas da costa da Carolina do Norte, um pouco mais longe do que se estimava através dos primeiros relatos do desastre.

Os investigadores esperam ainda encontrar evidências que permitam explicar o motivo que levou à explosão. Este tipo de explosões não eram raras na altura em navios em vapor porém, a tripulação pode ter “puxado” o navio para além das suas capacidades, tentando chegar mais rápido ao destino e fazendo, consequentemente, com que a caldeira rebentasse. As expedições continuam a ser realizadas.

O desastre do navio Pulaski ocorreu há 180 anos, provando a morte de 128 pessoas, apenas 59 sobreviveram.

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3 Comments

  1. Pois… Ou não sabem ver as horas num relógio analógico, ou a diferença de uma hora que o texto aponta, deve estar directamente relacionada com o acerto para a hora de verão. (é que na foto vejo aí umas 10:02 h)

  2. Desculpem lá o mau feitio…
    “estão parados exatamente às 11h05, cinco minutos apenas após o momento em que a cadeira terá explodido.
    Queiram corrigir as horas que o relógio marca e na mesma frase a “cadeira” por Caldeira” que é certamente o que explodiu.

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