Descoberto o naufrágio mais profundo do mundo. Foi na maior batalha naval da II Guerra

Caladan Oceanic / EYOS

O navio é um destroyer norte-americano datado da II Guerra Mundial e afundou-se na Batalha do Golfo de Leyte, a maior batalha naval do conflito.

A 6895 metros de profundidade, nas águas do mar das Filipinas, está encalhado aquele que é o naufrágio mais profundo alguma vez encontrado.

Os restos encontrados pertencem ao destroyer USS Samuel B Roberts, conhecido como “Sammy B”, e foram descobertos pelo explorador bilionário Victor Vescovo e pelo especialista em sonares Jeremie Morizet.

O navio tinha 93 metros e foi construído para servir a marinha norte-americana durante a II Guerra Mundial. Afundou-se em Outubro de 1944 após um confronto com a marinha japonesa na Batalha do Golfo de Leyte — que foi a maior batalha naval da II Guerra e uma das maiores da História.

De acordo com alguns registos, o destroyer destruiu um cruzador pesado japonês com um torpedo e danificou significativamente outro. Depois de ter gastado toda a sua munição, a embarcação foi fatalmente atingida pelo navio Yamato e afundou-se. Dos 244 membros da tripulação, 89 perderam a vida.

Desde então, não se sabia a localização exata do navio — até agora. Com o recurso a sonares, Vescovo — que é o fundador da Calada Oceanic — juntou-se à equipa da EYOS Expeditions para tentar encontrar o naufrágio em seis mergulhos diferentes que tiveram lugar entre 17 e 24 de Junho. A 18 de Junho, chegou a boa-nova quando detetaram um torpedo de três tubos que pertencia unicamente ao Sammy B.

Um outro mergulho acabou por descobrir o navio inteiro partido em dois pedaços, encalhado numa encosta a quase sete quilómetros de profundidade. Este naufrágio torna-se assim o mais profundo a ser encontrado até agora, destronando o USS Johnston (6469 metros) que foi descoberto no ano passado por Vescovo.

“É uma honra extraordinária localizar este navio incrivelmente famoso e ao fazê-lo ter a oportunidade de recontar a sua história de heroísmo e do dever àqueles que podem não conhecer o navio e o sacrifício da sua tripulação. Ficou sempre espantado com a coragem daqueles que lutaram nesta batalha contra todas as probabilidades — e ganharam”, afirmou Vescovo num comunicado enviado ao IFLScience.

Adriana Peixoto, ZAP //

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