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Descoberta na China floresta fóssil com 400 milhões de anos

Zhenzhen Deng / Le Liu / Deming Wang

Uma equipa de cientistas da Universidade de Pequim descobriu uma floresta fóssil com mais de 400 milhões de anos perto de Xinhang, na China. A floresta descoberta é a mais antiga já descoberta no continente asiático.

De acordo com a nova investigação, cujos resultados foram esta semana publicados na revista científica especializada Current Biology, cobria uma área de mais de mais de 250.000 metros quadrados, equivalente a 35 campos de futebol.

A floresta era composta por plantas em forma de palma que, no passado, podem ter chegado a atingir sete metros de altura, segundo noticia o portal Science Alert.

A mesma publicação aponta que este é o terceiro caso de uma floresta fóssil do período Devoniano, pertencente à Era Paleozoica. Até aos dias de hoje, uma foi descoberta nos Estados Unidos e outra na Noruega.

Os cientistas descobriram árvores fossilizadas visíveis nas paredes das pedreiras de argila de Jianchuan e Yongchuan, tendo encontrado especificamente estruturas fósseis em forma de pinheiro. “Aproximamos-nos das paredes altas e procuramos por troncos expostos”, explica o especialista Deming Wang, que participou da descoberta.

“A descoberta contínua de novos fósseis de árvores in situ é fantástica”, acrescentou.

A primeira parte do Devoniano, período compreendido entre 419 e 359 milhões de anos atrás, foi caracterizado por uma vida vegetal sem raízes ou folhas, na sua grande maioria. Os cientistas acreditam que durante o Devoniano Médio começaram a surgiram plantas primitivas em forma de arbustos, como as samambaias.

O artigo sublinha que a floresta era composta por árvores de Lycopsida cujos troncos não tinham galhos e tinham copas frondosas, semelhantes às palmeiras atuais. A maioria destas plantas tinha menos de três metros de altura e cresceu num ambiente costeiro propenso a inundações, de acordo com a mesma publicação.

“As primeiras florestas com biomassa significativa podem armazenar muito mais carbono através da fotossíntese“, pode ler-se ainda no estudo, que conclui afirmando que, por esta mesma razão, estas têm um impacto maior na diminuição do dióxido de carbono durante o Devoniano do que se pensava até então.

Por tudo isto, os especialistas acreditam que a descoberta poderá ajudar a entender a “queda rápida” do dióxido de carbono atmosférico na época, o que poderá ter influenciado a quarta era glacial, conhecida como Karoo.

ZAP //

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