O Ministério das Antiguidades do Egito revelou este sábado um cemitério de 4.500 anos perto das pirâmides de Gizé, contendo caixões de madeira coloridos e estátuas de calcário que datam do Reino Antigo.
O local, situado a sudeste do Planalto de Gizé, contém túmulos de vários períodos, incluindo um de pedra calcária da família da quinta dinastia (por volta de 2500 a.C.), anunciou o ministério. Um fotógrafo da AFP, a quem foi permitido acesso à tumba, viu inscrições nas paredes, sarcófagos de madeira pintados e esculturas de animais e humanos.
O ministério disse que a tumba era para duas pessoas: Behnui-Ka, que tinha sete títulos, que incluíam o de Sacerdote e o de Juiz, e “Nwi”, também conhecido como Chefe do Grande Estado e “purificador” do Faraó Khafre.
Este, conhecido pelos antigos gregos como Quéfren, construiu a segunda das três famosas pirâmides de Gizé. “Muitos objetos foram descobertos na tumba”, incluindo estátuas calcárias de um de seus ocupantes, da sua mulher e do seu filho, disse o ministério.
Ashraf Mohi, diretor-geral do Planalto de Gizé, disse que o cemitério foi amplamente reutilizado durante o período tardio, começando no início do século VII a.C. O ministério também mostrou o que disseram ser caixões de madeira do período tardio com hieróglifos inscritos nas capas, juntamente com máscaras funerárias de madeira e argila.
O recém-descoberto cemitério está localizado próximo a um cemitério onde estão os enterros de pessoas que construíram as Pirâmides de Gizé, disse Zahi Hawass, ex-ministro de Antiguidades do Egito, em comunicado.
Uma equipa de arqueólogos egípcios liderada por Mostafa Waziri, o secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do ministério, descobriu o cemitério. A investigação no novo cemitério está em andamento, com novas descobertas.
ZAP // Lusa