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Nova testemunha acrescenta mistério ao desaparecimento de Zé do Pipo

Está tudo em aberto na investigação ao caso do desaparecimento do cantor popular Zé do Pipo, cujo paradeiro é desconhecido desde Novembro de 2018. As hipóteses de homicídio, suicídio ou rapto estão em cima da mesa do Ministério Público.

Nuno Roberto ou Zé do Pipo, como era conhecido no mundo artístico, desapareceu em Novembro do ano passado na praia de Peniche, local onde foram encontrados os seus documentos e o carro. As buscas pelo cantor de 40 anos já cessaram sem que tenham sido encontrados quaisquer vestígios que apontem para o seu paradeiro.

A família acredita que Nuno Roberto se suicidou, atirando-se ao mar, mas o Ministério Público (MP) não descarta as hipóteses de homicídio, de rapto ou sequestro, como apurou o Correio da Manhã (CM).

Citando o processo que se encontra no Tribunal de Leiria, o jornal refere que o MP está a investigar como “possibilidades abstractamente consideradas” a “eventual prática dos crimes de homicídio, de rapto ou de sequestro“.

Assim, os investigadores procuram delinear o percurso feito por Zé do Pipo desde a sua residência até ao Banco e à farmácia, onde terá ido no dia do desaparecimento, até que se lhe tenha perdido o rasto.

Entretanto, o CM conseguiu chegar a uma testemunha ouvida pela Polícia Marítima e pela Polícia Judiciária, quando decorriam as buscas por Zé do Pipo, que acrescenta novos dados ao mistério.

Esta testemunha, identificada como António Chicharro, assegura que no dia em que o artista desapareceu viu um homem que parecia ser Zé do Pipo a falar ao telemóvel, na mesma praia onde foi encontrado o seu carro. “O homem andava desorientado, nervoso”, conta esta testemunha, relatando que “andava no pontão para trás e para a frente” sem parar.

O CM acrescenta que há suspeitas de que alguém pode ter apagado as chamadas do telemóvel de Zé do Pipo.

O MP está a tentar obter a listagem das chamadas recebidas e efectuadas pelo artista, bem como a localização do telemóvel. Neste momento, há um recurso no Tribunal da Relação, interposto pelo MP, depois de o juiz de instrução ter negado esse rastreamento do telemóvel.

O juiz de instrução alegou que está em causa a “pura e simples busca pelo cadáver do desaparecido”, frisando que “provavelmente se lançou ao mar, até porque passava por uma profunda depressão“. Mas o MP contrapõe que o objectivo é “averiguar a existência de indícios de crime – de homicídio, rapto ou sequestro”.

ZAP //

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