Todos os deputados votaram a favor da vinda de Armando Vara, recusando assim o pedido de escusa recebido na sexta-feira.
Os serviços da comissão de inquérito analisaram o pedido de Vara e consideraram que tal como Joaquim Barroca, pode pode invocar o segredo de justiça quando for questionado sobre factos pelos quais foi constituído arguido e acusado no processo Operação Marquês. Vara está detido desde janeiro deste ano, após condenação do caso Face Oculta.
A falta de informação não foi considerado um argumento suficiente por parte dos serviços do Parlamento, adiantou o presidente da comissão de inquérito, Leite Ramos. A audição está agendada para o dia 14 de junho, próxima sexta-feira.
Duarte Pacheco do PSD defendeu que a audição deve ser mantida. Admite que a escassez de informação útil invocada por Vara é pertinente, mas recorda que essa situação afeta outros antigos administradores da Caixa, e espera que a memória de Vara esteja melhor do que a de outras pessoas que estiveram na comissão e que mesmo com documentos não se lembram nada.
O ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos Armando Vara pediu para não comparecer na comissão parlamentar de inquérito ao banco público, invocando “a situação em que se encontra” e falta de acesso a informação.
A situação de estar atualmente preso em Évora por tráfico de influência “inviabiliza, objetivamente, a necessária preparação sobre os assuntos que possam estar em causa na sua inquirição”, de acordo com os advogados de Vara, da sociedade Capitão, Rodrigues Bastos, Areia & Associados (CRBA). “A tudo isto acresce a óbvia penosidade, quer física, quer emocional, que a sua deslocação ao parlamento acarretará”.
Os advogados afirmam ainda que o ex-ministro já prestou “todos os esclarecimentos que lhe foram solicitados sobre a sua atuação enquanto administrador da CGD e sobre todos os dossiês em que esteve envolvido”, ao ter comparecido na anterior comissão parlamentar da CGD no dia 22 de março de 2017.