Deputado em greve de fome devido à ausência de cantina na escola do Corvo


Paulo Estevão está há dez dias em greve de fome. O deputado açoriano protesta a falta de fornecimento de refeições na Escola básica e secundária da ilha do Corvo.

Um deputado do Partido Popular Monárquico Paulo Estevão está em greve de fome há dez dias, a lutar por uma “velha utopia, liberdade” e para que o 25 de abril “também chegue ao Corvo”.

O deputado na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores diz ter esgotado “todos os recursos legislativos e de discussão parlamentar” sobre o fornecimento e refeições escolares aos alunos e pessoal docente e não docente da escola do Corvo.

Segundo o Diário de Notícias, o Governo Regional dos Açores passou a contemplar um pagamento às famílias afetadas pela ausência de cozinha e refeitório escolar. No entanto, para o parlamentar, tal não mais é do que uma “desresponsabilização“.

Paulo Estevão refere que, o facto de os alunos do Corvo serem poucos – apenas 41 crianças e jovens – e viveram no lugar mais isolado do país, não pode ser um motivo para lhe retirar direitos.

“Tenha-se em conta que 25 alunos dos 41 alunos são beneficiários da ação social escolar. Isto significa que cerca de 61% dos alunos do Corvo são beneficiários da ação social escolar”, recordou ao DN.

O deputado do PPM referiu ainda que o executivo açoriano, através do secretário regional da Educação e Cultura, tem vindo a defender “que se tem de tratar de forma diferente o que é diferente”, ignorando o facto de os alunos do Corvo terem as mesmas necessidades e os mesmo direitos que os estudantes do resto do país.

“Qual é a justificação de uma medida deste género? O que motivou o Governo Regional a construir refeitórios e cozinhas escolares em todas as ilhas? Que razões explicam a discriminação da escola do Corvo neste âmbito? É por ser uma ilha pequena e com as habitações perto da escola?”, questiona.

Vasco Cordeiro, presidente do Governo dos Açores, reagiu a esta situação de forma mais fria, afirmando que “vivemos numa região livre em que cada um escolhe a maneira em que entende se manifestar”.

Caso o Governo regional não tome medidas, o parlamentar grevista assume vontade de continuar com este protesto, em nome da justiça.

ZAP //

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