Deputado diz na Assembleia: “Eu deveria estar preso”

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Reprodução / Facebook

Amauri Ribeiro

Amauri Ribeiro financiou acampamentos montados em frente a quartéis do Exército após a eleição de Lula.

Numa fase em que se fala muito em Portugal sobre quem tem mentido na Assembleia da República, e num dia em que destacamos que um ministro arrisca pena de prisão

No Brasil, um deputado disse a verdade na Assembleia e sugeriu que deveria estar preso. Mas atacando os adversários

O autor da frase invulgar é Amauri Ribeiro, deputado estadual da União Brasil em Goiás.

O deputado falou nesta terça-feira numa sessão na Assembleia Legislativa do estado (Alego).

Amauri Ribeiro admitiu que deveria estar preso porque ajudou e financiou acampamentos bolsonaristas montados em frente a quartéis do Exército, em Janeiro deste ano, após a eleição de Lula da Silva, presidente do Brasil.

Levou comida e água a quem estava a acampar e contribuiu também com dinheiro. E teria ficado à porta dos quartéis porque é “patriota”.

O deputado comparou a sua situação com a do coronel Benito Franco, da Polícia Militar de Goiás, que foi preso em Abril, suspeito de crime precisamente nesse movimento.

“Eu não vou debater aqui sobre a questão do coronel Franco, porque eu sempre o defendi. A prisão do coronel Franco é uma bofetada na cara de cada cidadão de bem desse estado”.

“O coronel Franco foi preso sem motivo algum, sem ter feito nada. Eu também deveria estar preso”, comparou Amauri.

E reforçou: “Respondendo ao deputado Mauro Rubem (Partido dos Trabalhadores), eu ajudei quem estava no acampamento. Mande-me prender. Eu sou um bandido, eu sou um terrorista, sou um canalha – na vossa visão”.

“O dinheiro não veio de fora, veio de gente que acredita nesta nação e que defende este país e que não concorda com Governo corrupto e bandido”, atirou, sobre o Executivo liderado por Lula.

A CNN acrescenta que Amauri Ribeiro está a ser investigado pela Polícia Federal porque publicou um vídeo nas redes sociais, no qual avisou que Lula “não tomaria posse no dia 1 de janeiro”.

ZAP //

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