O deputado federal brasileiro Protógenes Queiroz, candidato à reeleição pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB), afirmou ter provas de que a queda do avião que matou o candidato à presidência Eduardo Campos, do Partido Socialista Brasileiro (PSB), “não foi um acidente normal”, mas sim um atentado.
Depois de em Agosto o deputado do PSB Júlio Delgado ter levantado suspeitas acerca das caixas negras do avião que vitimou Eduardo Campos, é agora o deputado federal Protógenes Queiroz a lançar a teoria de que o acidente foi um atentado.
Em declarações ao portal Terra, o deputado anunciou que está a conduzir uma investigação paralela à das autoridades oficiais e que faltam “explicações para as lacunas de dados” que está a recolher a fim de “formatar uma convicção e apontar até na direcção dos possíveis responsáveis”.
Várias questões foram levantadas pelo deputado Queiroz para fundamentar a suspeita de atentado.
Uma delas diz respeito ao facto de a equipa da Polícia Federal designada para acompanhar as buscas e recolher dados só ter chegado ao local do acidente no dia seguinte à tragédia.
Além disso, Protógenes Queiroz afirma que várias peças da fuselagem do avião não constam nas fotos, e que as câmaras de segurança dos prédios da região indicam que o piloto não estaria aos comandos da aeronave.
Por fim, o candidato do PCdoB considera crucial saber quem autorizou o voo em condições climáticas tão adversas.
Segundo Queiroz, citado pela RVR, “os técnicos estão um pouco amedrontados com a situação, porque ela aponta para uma situação de atentado e têm medo de algum tipo de retaliação”.
Eduardo Campos, quatro assessores da sua campanha e dois tripulantes morreram na manhã de 13 de agosto, quando o avião particular que os transportava do Rio de Janeiro caiu num bairro residencial de Santos, no litoral de São Paulo.
Depois do acidente, o PSB lançou como candidata a ex-senadora Marina Silva, que até então era candidata a vice-presidente na lista de Campos.
ZAP