Denúncias de corrupção na Câmara de Lisboa envolvem dois ministros

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António Pedro Santos / Lusa

O ministro das Finanças, Fernando Medina, na apresentação da proposta de Orçamento do Estado para 2023.

Novas denúncias contra Joaquim Morão visam o ministro das Finanças, Fernando Medina, e o ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro.

Uma nova denúncia contra Joaquim Morão dá conta de que o ex-autarca de Idanha usava a avença que lhe tinha sido atribuída pela Câmara de Lisboa para angariar dinheiro para o PS.

Uma das acusações, avança o Correio da Manhã, envolvem o atual ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, “que é apontado como o homem-forte do dinheiro do partido”. Na altura, o governante era vice-presidente de Fernando Medina, ex-presidente da Câmara de Lisboa.

A denúncia ao Ministério Público dá conta da proximidade de António Costa a Duarte Cordeiro e sugere que Morão apenas reportava ao atual ministro.

Ao Correio da Manhã, Fernando Medina disse que “o vice-presidente Duarte Cordeiro nunca teve responsabilidade sobre o pelouro das Obras Municipais, que estava na dependência do vereador Manuel Salgado. Neste sentido não teve participação na decisão de contratação nem na condução dos trabalhos de obras”.

Outra denúncia revela que Joaquim Morão tem dois funcionários da sua confiança no Ministério Público de Idanha, de onde são feitos acessos ilegítimos, para espiar as autoridades que investiga. A investigação foi aberta em 2018, mas esteve quatro anos parada.

Ainda segundo a mesma fonte, a investigação dá conta de que os primeiro contactos com a empresa de Morão foram feitos em março de 2015, ou seja, quando António Costa era ainda autarca de Lisboa.

Num comunicado enviado à Renascença, Duarte Cordeiro diz-se alvo de tentativa de denegrir a sua imagem e considera que há interesse político partidário na divulgação de informações sobre a investigação em curso na Câmara de Lisboa.

“O trabalho de Joaquim Morão na Câmara Municipal de Lisboa não estava relacionado com as minhas áreas de competência delegada, mas naturalmente poderei ter estado com ele enquanto desempenhou as funções para as quais foi contratado”, confirmando aquilo que foi dito por Fernando Medina.

ZAP //

4 Comments

  1. O dito questionário sobre a integridade dos politicos se for feito aos atuais politicos do governo corremos o risco de ficar sem governantes…

    • E porque não fazer também ao Presidente da Republica? Acrescentando as perguntas:
      É casado?
      Então vive em pecado permanente?
      Vive amantizado?
      Qual a relação com o BES?

  2. Ninguém sabe de nada! Estão todos esquecidos. Quem assinou os ajustes diretos, não foi o Medina, nem o Cordeiro, nem o Salgado, mas sim a senhora da empresa de limpeza! Viva a ética republicana, no seu melhor.
    Tenham vergonha e desapareçam!

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